Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
Nesta segunda-feira
(15), o Banco Central (BC) informou que o Índice de Atividade Econômica
(IBC-Br) da instituição, considerado uma “prévia” do resultado do PIB, indica
que a economia registrou expansão de 0,57% no segundo trimestre deste ano.
O resultado pelo BC
foi calculado após ajuste sazonal — uma espécie de “compensação” para comparar
períodos diferentes. A comparação foi feita com os três primeiros meses de
2022.
Os números oficiais
do PIB, que é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve
para medir a evolução da economia, serão divulgados pelo IBGE somente em 1º de
setembro.
Os dados do
IBC-Br mostram desaceleração da economia brasileira, algo já esperado
diante do aumento da inflação, que ficou acima de 10% ao ano em 12 meses até
julho (apesar da deflação no último mês) e da alta no juro básico da economia —
que está no maior patamar em seis anos.
A taxa de
crescimento, segundo o BC, caiu pela metade em relação ao desempenho do
primeiro trimestre deste ano, quando foi registrada uma expansão de 1,11% (dado
revisado).
Impulsionado pelo
setor de serviços, o PIB registrou crescimento de 1% no primeiro trimestre
deste ano, de acordo com o IBGE. Esse foi o 3º resultado positivo seguido,
depois do recuo registrado no segundo trimestre de 2021.
Após o tombo
registrado em 2020, por conta dos efeitos da pandemia da Covid-19 na economia,
o PIB registrou forte crescimento de 4,6% no ano passado. Para este ano,
economistas do mercado financeiro projetam uma expansão de cerca de 2%.
Segundo o BC, em
junho deste ano, na comparação com o mês anterior, o IBC-Br registrou uma
expansão de 0,69%.
No acumulado do
primeiro semestre deste ano, ainda de acordo com o Banco Central, o nível de
atividade da economia brasileira registrou expansão de 2,24% (sem ajuste
sazonal).
De acordo com o
Banco Central, o indicador apresentou crescimento de 2,18% em 12 meses até
junho. Nesse caso, o índice também foi calculado sem ajuste sazonal.
Os resultados do
IBC-Br são considerados a “prévia do PIB”. Porém, o cálculo do Banco Central é
diferente do cálculo do IBGE.
O cálculo dos dois
é um pouco diferente – o indicador do BC incorpora estimativas para a
agropecuária, a indústria e o setor de serviços, além dos impostos, mas não
considera o lado da demanda (incorporado no cálculo do PIB do IBGE).
O IBC-Br é uma das
ferramentas usadas pelo BC para definir a taxa básica de juros do país. Com o
menor crescimento da economia, por exemplo, teoricamente haveria menos pressão
inflacionária.
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