Bezerro nasce com duas cabeças em fazenda do RS

15/08/2019 - 11h32

Um bezerro nasceu com duas cabeças na terça-feira (13), em Ametista do Sul, na Região Norte do Rio Grande do Sul. O animal permaneceu vivo por cerca de seis horas, mas não resistiu e morreu à tarde, segundo os donos.

O caso foi registrado na fazenda de Valmir Lopes. Ele cria poucos animais, um touro e sete vacas, apenas para o consumo da família. Na semana anterior, nasceu um bezerro saudável de uma cruza de uma de suas novilhas. Nesta semana, foi surpreendido com o nascimento do animal com a possível mutação genética.

Segundo Adilson Lopes, filho do fazendeiro, a gestação da mãe, que foi com o mesmo touro, foi tranquila e não apresentava nenhum sinal de problemas. "Com ela, está tudo normal", conta.

"Ele acabou morrendo pela parte da tarde. Eu só tinha visto pela televisão", comenta.

O veterinário João Júnior, diretor do Sindicato dos Médicos Veterinários no Estado do Rio Grande do Sul (Simvet-RS), observa que casos como este são extremamente raros. Ele acredita que tenha havido uma mutação genética ou até uma cruza entre animais da mesma linhagem familiar. Esta hipótese foi descartada pela família, pois a novilha foi adquirida em outra fazenda em uma cidade vizinha.

Nesses casos, ele sugere a eutanásia, pois as chances de sobrevivência são poucas. Possibilidades de cirurgia são ainda mais raros, devido às dificuldades e ao custo elevado.

"Como o bovino não é considerado pet, ou seja, tem como fim a produção, não é uma prática comum, pois não se sabe se não vai carregar essa mutação genética. Mas teria que fazer uma ressonância magnética para ver", explica. "É [uma cirurgia] rara em humanos e muito dificultosa. Na veterinária, somente por experimento, caso alguma universidade quisesse tentar", sugere.

O bezerro dos Lopes não teve esta chance. Morreu horas depois do nascimento e foi enterrado na mesma fazenda.

Este, contudo, não é o primeiro caso no Rio Grande do Sul. Em 2017, um bezerro nasceu com duas cabeças e foi encontrado morto no dia seguinte em São Borja. Antes, em 2014, um caso semelhante foi registrado em uma propriedade rural da mesma cidade, mas também não resistiu.


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  • Jornal Regional



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