Por Sergio Wathier
JRTV/São Miguel do Oeste

A derrota para o Mirassol (e a consequente eliminação na Copa do Brasil) escancarou o que a maioria dos gremistas já sabia. O time atual é fraco e recheado de meninos, não comportará as fortes cobranças que a disputa da Segundona exigirá. O Grêmio necessita ser reconstruído. E isso não acontece de uma hora pra outra. A derrota para o modesto Mirassol ligou o sinal de alerta. 

O time precisa de reforços que segurem o rojão nesse momento de grande instabilidade emocional. Com a autoestima em baixa, a equipe entra em parafuso facilmente. Mesmo jogando contra dez, desde os 15min do segundo tempo, o Grêmio sequer conseguiu o empate que lhe garantiria na próxima fase. Vexame histórico, de um clube que já ergueu a Copa do Brasil cinco vezes.  

O goleiro falhou nos dois primeiros gols. As laterais foram verdadeiras avenidas. Nícolas é bom no ataque, mas defensivamente é um desastre. Thiago Santos só bate. Roger falhou ao colocar nas costas de dois meninos as responsabilidades do meio de campo. Diego Souza tem salvado a lavoura na frente, mas Janderson e Rildo não passam de ciscadores. 

Mas o erro maior de Roger foi jogar aberto. Pagou caro, pois com menos de 5min o Grêmio já perdia. Com Campaz e Benitez, o meio de campo ficaria mais encorpado. Até pra dar mais liberdade para um dos volantes cobrir a lateral esquerda. Só o técnico não viu que por ali passavam todas as jogadas do time paulista. 

Agora é juntar os cacos e tocar o barco. O pior é que desastres como esses provocam efeitos colaterais. Será natural se o Grêmio oscilar no Gauchão. E dia 9 tem Grenal. Em caso de derrota no clássico, até o presidente Romildo Bolzan terá dificuldades para se segurar no cargo.  

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