Por Sergio
Wathier
JRTV/São Miguel do Oeste
É uma vergonha.
Essa Copa América, que nem deveria ser realizada, se confirmada para o Brasil,
seria como dar um tapa na cara dos brasileiros. Vivendo um futuro de incerteza,
com mais de 460 mil mortos em decorrência da Covid 19, a população vê incrédula
a possibilidade da competição, que em princípio estava marcada para a Colombia
e Argentina, acontecer em nosso país, num dos momentos mais críticos da
pandemia. Com o calendário esprimido, em que alguns clubes estão jogando de
dois em dois dias, os campeonatos brasileiro e copa do brasil teriam que ser
interrompidos por um período de cerca de 30 dias, para dar lugar à um torneio
caça-nível para atender os interesses da Conmebol. A Copa teria até datas para
início (13/06) e término (10/07). Os jogos não teriam público. O ministro da
Casa Civil informa que nao tem nada certo. Pernambuco, Rio Grande do Norte,
Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul recusam receber evento, enquanto São
Paulo, Bahia, Cuiabá e Amazonas se colocam à disposição. Independentemente se sairá
ou não, minha opinião é de que é inaceitável o Brasil nesse momento dividir
suas atenções com o campeonato continental.
Aumentam as críticas contra Ramirez
Se o clima já era
pesado no vestiário colorado antes da estreia no Campeonato Brasileiro, com o
empate diante do Sport ficou ainda pior. Afinal, o Inter entra no Brasileiro
como um dos candidatos ao título. Até que no primeiro tempo o time agradou. Mas
na etapa final caiu novamente de produção e não fosse o goleiro Marcelo Lomba,
poderia ter amargado uma virada histórica, dentro do Beira Rio.
O treinador completa na terça-feira três meses de sua chegada a Porto Alegre. Ele foi o escolhido pela diretoria vermelha para dar um novo padrão de jogo ao time. Na prática, a equipe não tem correspondido. O Inter perdeu o Gauchão para o Grêmio, se classificou na bacia das almas às oitavas da Libertadores e empatou na estreia do Brasileirão. Das últimas seis partidas,obteve apenas uma vitória. É natural que os colorados vejam Miguel Ramirez com desconfiança. Ele admite que a pressão vindas dos torcedores repercute no vestiário colocado.
O técnico tem se caracterizado por desculpas esfarrapadas para justificar os maus resultados. Altitude, gramado ruim e cansaço foram algumas. Na última, depois do empate diante do Sport, Ramirez culpou a imprensa. Segundo ele, a imprensa só divulga os protestos e nunca as manifestações de apoio ao time. Entendo que só tem um jeito de acalmar a irritação dos colorados: O time manter regularidade no seu nível de atuação e acumular vitórias. O técnico sabe disso. Até acho que o staff de Ramirez inclusive já ligou o sinal de alerta.
Com vários reservas, Grêmio decepciona
A grande decepção
da primeira rodada do Brasileirão foi o Grêmio. Vinha embalado pela conquista
do Gauchão e pela melhor campanha na fase de grupos da Sul-Americana. Um dia a
invencibilidade da era Tiago Nunes iria terminar. Mas não precisava ser da
forma melancólica como ocorreu na derrota para o Ceara. Desarrumado em campo e
com um futebol abaixo da média, o Grêmio foi surpreendido pelo nordestino. O
tricolor até esboçou uma reação chegando ao empate após levar 2 a 0. Mas no
apagar das luzes o goleiro Brenno, que vinha salvando a lavoura, vacilou e a
falha custou a derrota.
Contra o Ceará, o
Grêmio utilizou um time recheado de reservas. A defesa fracassou por completo.
A tentativa de adiantar Tiago Santos, esculhambou o meio de campo. A frente da
zaga, com Lucas Silva, virou uma avenida. Também foi um erro deixar Jean Pierre
no banco. Está certo que Rafinha, Luiz Fernando, Diego Souza e Ferreirinha
fizeram falta. Eles não jogaram por que testaram positivo para a Covid 19. O
técnico Tiago Nunes igualmente não viajou pelo mesmo motivo.
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