BOLA EM JOGO: Faltou ambição ao Inter. Grêmio fez o dever de casa

Foto: Eduardo Moura/ge.globo

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23/05/2021 - 17h15


Quem disse que os campeonatos estaduais estão superados, não acompanhou as finais pelo Brasil afora. Sobraram emoções nas decisões. No Rio Grande do Sul, por exemplo, não faltou ingrediente numa decisão entre Grêmio e Inter. Teve momentos insossos no primeiro tempo, mas que mudou de panorama a partir de duas expulsões: Yuri Alberto (Inter) e Rafinha (Grêmio). 

Faltou ambição ao Inter

O Grêmio comemorou o título pela quarta vez consecutiva. Uma conquista sem reparos. Em nenhum momento o arquirrival ameaçou a conquista. Nem quando jogou no Beira Rio e muito menos neste domingo, na Arena. Não consigo ver o tal jogo revolucionário do técnico Ramirez. Dói na vista a lentidão na saída de bola do Inter. 

Quando o tricolor fechou a casinha, o Inter se viu sem alternativas e apelou para o tradicional chuveirinho. Foi assim que chegou ao gol de empate. De resto o time colorado pouco criou pra fazer por merecer melhor sorte. Para um time que vinha goleando todo mundo, parece que a síndrome do Grenal mais uma vez influenciou o desempenho da equipe. O time sentiu o peso do clássico e a bola queimou os pés dos vermelhos. Os torcedores esperavam um Inter dando as cartas e envolvente. O que se viu foi um time medroso, sem aquela tesão de ser campeão.

Sem Patrick, os colorados apostaram suas fichas em Edenilson. Ele vinha sendo o "cara" no time. O meia decepcionou, fazendo, quem sabe, sua pior apresentação com a camisa vermelha. Palácios até que criou alguma coisa, mas Galhardo foi uma peça nula. Eu fui um que dfendi a titularidade de Yuri Alberto. Vou ter que repensar. Afinal, em dois jogos importantes, quando o time mais precisava dele, ele foi expulso. 

Na hora em que Ramirez sentiu que o campeonato já tinha ido para o brejo, Ramirez partiu para o desespero, colocando um monte de atacantes. Como é natural nesses casos, não deu certo. 

O Grêmio, por sua vez, fez o óbvio. Entrou em campo com o regulamento debaixo do braço. Tiago Nunes colocou três volantes no meio. Só que todos eles com qualidade de passe. Tiago Nunes preferiu abrir mão do elogiado futebol de Jean Pyerre, para optar por mais marcação. E sua estragégia foi acertada, porque o goleiro gremista pouco trabalhou na decisão. 

Grêmio invicto contra o Inter

O título premiou a melhor campanha. O Grêmio tirou uma diferença de sete pontos do Inter. Foram 34 pontos somados em todas as fases contra 27 do Inter. Em se tratando de Gauchão, é uma enormidade. Em três clássicos, um da fase classificatória e dois na decisão, o Grêmio venceu dois e empatou um. O Inter segue sendo freguês. 

Ramirez sob pressão

A pressão em cima de Ramirez, que jé era grande, vai crescer ainda mais depois da perda do Gauchão. O Inter, com Abel, tinha um sistema de jogo bem definido e uma equipe titular que os torcedores sabiam de trás pra frente. Agora virou uma esculhambação, que nem o próprio técnico sabe quem é titular.  Mas o que mais pesa é a falta de vitória em grenais.

Do lado gremista tudo é festa. Afinal, o time sagrou-se campeão e ainda tem jogadores importantes para entrar no time titular. Kannemann, na defesa, e Douglas Costa, no ataque, devem acrescentar maior poder de fogo ao tricolor gaúcho.

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  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • JRTV/Jornal Regional



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