Um decreto do
presidente Jair Bolsonaro publicado na edição desta quinta-feira (25) do
"Diário Oficial da União" alterou o regulamento das Polícias
Militares e do Corpo de Bombeiros para permitir que esses profissionais atuem
nas escolas cívico-militares.
Agora, é considerado "exercício de função" atuar em
"instituições de ensino públicas do sistema estadual, distrital ou
municipal de educação básica". O mesmo decreto também autoriza que
os policiais e bombeiros possam atuar em unidades de conservação.
O que é a escola cívico-militar?
A escola cívico-militar é um modelo proposto pelo governo federal de
gestão compartilhada entre educadores e militares. A proposta consta no documento “Compromisso Nacional pela Educação
Básica”, que lista os objetivos de gestão na área e foi
anunciado em 11 de junho. A ideia é construir, até 2023, 108 escolas neste
modelo, contemplando todos os estados e o Distrito Federal.
De acordo com o Ministério da Educação, as secretarias de educação
continuariam responsáveis pelos currículos escolares – caberia aos militares
atuar como monitores na gestão educacional. "A organização
didático-pedagógica, assim como financeira, fica por conta dos civis",
afirma o MEC.
Compromisso pela Educação Básica
Confira os principais pontos da "carta-compromisso" divulgada
neste mês pelo Ministério da Educação:
Tornar o Brasil referência em educação
básica na América Latina até 2030;
Construir 4,9 mil creches até 2022, reestruturando o programa Pró-Infância. Segundo o
MEC, menos de 50% das obras previstas foram concluídas desde 2007;
Revitalizar o programa Novo Mais
Educação, ampliando a carga horária dos
colégios públicos para “diminuir a evasão e melhorar indicadores educacionais”;
Estimular a adesão ao Novo Ensino Médio, com investimentos de R$ 230 milhões até o fim do
ano;
Conectar 6,5 mil escolas rurais em todos os estados à internet, com banda
larga por satélite. O MEC prevê investimento de R$ 120 milhões até dezembro,
beneficiando 1,7 milhão de estudantes;
Implementar 108 escolas
cívico-militares no país até 2023.
Segundo o MEC, o ritmo será de 27 ao ano – uma para cada unidade da Federação.
Nesse modelo, a gestão da escola é compartilhada entre professores, na parte
pedagógica, e militares, em administração e disciplina;
Estabelecer trilhas de formação de
professores da educação básica até 2020, por
meio de "cursos de ensino à distância com a disponibilização e materiais
de apoio e disponibilização de recursos".
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