O presidente da
República Jair Bolsonaro confirmou os rumores de que trocaria o comando da Petrobras. Em post publicado em suas redes
sociais, Bolsonaro comunicou a indicação do general Joaquim Silva e Luna para
substituir o atual presidente da empresa, Roberto Castello Branco.
A escolha do governo, porém, precisa ser aprovada pelo Conselho de Administração da Petrobras, e a companhia informou, após o anúncio feito por Bolsonaro, que o mandato de Castello Branco se encerra no dia 20 de março.
Silva e Luna era diretor-geral da Itaipu Binacional e já foi ministro da Defesa durante o governo do ex-presidente Michel Temer (MDB), em 2018.
"O governo
decidiu indicar o senhor Joaquim Silva e Luna para cumprir uma nova missão,
como conselheiro de administração e presidente da Petrobras, após o
encerramento do ciclo, superior a dois anos, do atual presidente, senhor
Roberto Castello Branco", afirmou Bolsonaro no Facebook.
A diretoria
executiva da Petrobras está considerando uma renúncia coletiva após o anúncio
feito por Bolsonaro, disseram à Reuters três fontes próximas
do assunto, que falaram sob a condição de anonimato.
Petrobras diz que mandato vai até 20 de março
Após o anúncio
feito por Bolsonaro, a Petrobras emitiu uma nota à imprensa, na qual esclarece
que o mandato do presidente Castello Branco e dos demais diretores
executivos da empresa se encerra no dia 20 de março.
A companhia informa
que "recebeu ofício do Ministério das Minas e Energia, solicitando
providências a fim de convocar Assembleia Geral Extraordinária, com o objetivo
de promover a substituição e eleição de membro do Conselho de Administração, e
indicando Joaquim Silva e Luna, em substituição a Roberto da Cunha Castello
Branco".
"Ademais, a
União propõe, em função da última Assembleia Geral Ordinária ter adotado o voto
múltiplo, que todos os membros do Conselho de Administração sejam,
imediatamente, reconduzidos na própria Assembleia Geral Extraordinária, para
cumprimento do restante dos respectivos mandatos", acrescenta a nota.
Críticas feitas em live de Bolsonaro
Na quinta-feira
(18), em sua live semanal, o presidente da República já havia sinalizado que
gostaria de fazer a mudança no comando da Petrobras porque,
"obviamente", uma fala recente de Castello Branco teria
consequências. O presidente da companhia disse dias atrás que a ameaça de greve
dos caminhoneiros não era problema da estatal.
Durante a
quinta-feira (18/02), a Petrobras anunciou novo aumento nos preços da gasolina e do óleo diesel.
O litro da gasolina nas refinarias passou a custar R$ 2,48 e o do diesel, R$
2,58. O preço nos postos é maior, e não é tabelado.
Pressão dos caminhoneiros
Bolsonaro vinha
criticando com frequência a política de preços da Petrobras, pressionado pela
demanda dos caminhoneiros, insatisfeitos com a recente alta do diesel e da
gasolina.
Para manejar a
situação, o presidente anunciou na quinta que vai zerar os impostos federais sobre o diesel, por
dois meses, e sobre o gás de cozinha, por tempo indeterminado.
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