O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (1º) cerca de R$
200 bilhões em medidas para socorrer trabalhadores e empresas e ajudar estados
e municípios no enfrentamento aos efeitos da crise provocada pela pandemia do
novo coronavírus.
Em pronunciamento à imprensa no Palácio do Planalto, Bolsonaro explicou
que, de hoje para amanhã, serão editadas três medidas provisórias (MP) e
sancionado o projeto que prevê o auxílio emergencial de R$ 600 para
trabalhadores informais, autônomos e sem renda fixa.
Ao lado do presidente, o ministro da Economia, Paulo Guedes explicou que
esse auxílio custará R$ 98 bilhões aos cofres públicos e deve beneficiar 54
milhões de brasileiros. “De forma que eles tenham recursos nos próximos três
meses para enfrentar a primeira onda de impacto, que é a onda da saúde. Há uma
outra onda vindo de desarticulação econômica que nos ameaça”, disse.
O governo federal também vai transferir R$ 16 bilhões para os fundos de
participação dos estados e dos municípios.
“É para reforçar essa luta no front,
onde o vírus está atacando, os sistemas de saúde e segurança”, explicou Guedes.
EMPREGO
De acordo com o ministro, as outras medidas são para ajudar as empresas na
manutenção dos empregos. São R$ 51 bilhões para complementação salarial, em
caso de redução de salário e de jornada de trabalho de funcionários, e R$ 40
bilhões (R$ 34 bilhões do Tesouro e R$ 6 bilhões dos bancos privados) de
crédito para financiamento da folha de pagamento.
“Então a empresa que resolver manter os empregos, nós não só complementamos
o salário como damos crédito para o pagamento. A empresa está sem capital de
giro e reduziu, por exemplo, em 30% a jornada e o salário, nós pagamos 30% do
salário. E ela está sem dinheiro para pagar os outros 70% que se comprometeu a
manter, nós damos o crédito”, explicou.
Segundo o ministro Guedes, as medidas custarão ao Tesouro o correspondente
a 2,6% do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país.
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