O presidente Jair
Bolsonaro abriu a reunião com os governadores, nesta quinta-feira
(21), anunciando que vai sancionar o socorro a Estados e municípios. Mas, em
troca, Bolsonaro pediu o congelamento do salário dos servidores estaduais até o
fim de 2021.
“O motivo dessa
pauta é falar para os senhores, porque temos que trabalhar em conjunto, a
sanção de um projeto que é uma continuidade e de outras leis há pouco
aprovadas, de um auxílio, um socorro, aos senhores governadores de
aproximadamente R$ 60 bilhões também extensivo a prefeitos”, disse.
Vale destacar que a
sanção do auxílio a Estados e municípios depende de publicação no DOU (Diário
Oficial à União). Isso pode ocorrer ainda nesta quinta-feira, em edição extra.
O presidente disse
ainda que é necessário um “esforço de todos na busca de minorar problemas e
atingir na ponta da linha aqueles que são afetados por essa crise, que não
sabemos sua dimensão, mas sabemos que ela prejudicou em muito o Brasil, mas o
mundo todo”.
Em troca, o
presidente da República pediu aos governadores pela “manutenção de um veto
muito importante, largamente discutido, que atinge parte dos servidores
públicos” até 31 de dezembro de 2021.
“A gente pede o
apoio dos senhores da manutenção do salário dos servidores. Inicialmente se
falou em cortes de 25%, mas, em comum acordo com os poderes, chegamos à
conclusão que seria importante congelar os vencimentos até o fim do ano que
vem.”
Reunião
Em sua fala, logo a
seguir, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que era de
extrema importância a sanção presidencial ao projeto, por garantir as políticas
de combate ao coronavírus no país.
“Esses recursos vão
certamente nessa linha. Tenho certeza que todos unidos, os resultados serão
muito melhores para toda a população brasileira”, disse.
O primeiro
governador a falar, Reinaldo Azambuja (PSDB), do Mato Grosso do Sul. Ele pediu
o veto já no projeto do aumento dos servidores até o fim de 2021. Azambuja
também solicitou que o primeiro pagamento da ajuda aos Estados ocorra ainda em
maio.
Bolsonaro afirmou
que debateria com o ministro da Economia, Paulo Guedes, se seria possível
liberar o valor neste mês.
O governador do
Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), pediu ao presidente uma “coordenação
central” por parte do governo federal para combater a crise do novo
coronavírus.
“Quero deixar a
sugestão que o presidente, junto com o Senado, a Câmara, com o STF, e com a
representação dos governadores e prefeitos, a gente possa ter uma coordenação
central. Porque vamos viver ainda um tempo significativo de crise”, argumentou
Casagrande. “O que não precisamos no momento é de uma crise política.”
João Doria (PSDB),
governador de São Paulo, agradeceu a iniciativa do governo federal de juntar os
chefes de Estado. Ele também reforçou o pedido para que o primeiro pagamento
ocorra em maio.
A reunião foi
finalizada com o anúncio de Bolsonaro de que irá apenas corrigir questões
técnicas do texto final do projeto. A sanção vai ser publicada o mais rápido
possível, afirmou o presidente.
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