Bolsonaro e Queiroga indicam fim da obrigação do uso de máscaras ‘em breve’

Foto: Reprodução

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17/09/2021 - 06h26

O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, indicaram um possível fim na obrigação do uso das máscaras no país durante a live semanal na noite desta quinta-feira (16).

Bolsonaro perguntou a Queiroga sobre a liberdade no uso da proteção contra a Covid-19 e o ministro afirmou que será possível derrubar a norma assim que o cenário da pandemia melhorar no Brasil “como está acontecendo”. 

“Fui à Itália, representando o Brasil no encontro do G-20, estava todo mundo sem máscara na rua. Fiz uma audiência com o diretor-geral da OMS em ambiente aberto e o Tedros disse: ‘Ministro, vamos tirar a máscara porque aqui não precisa’. Quem quiser, usa. Mania de querer criar lei para tudo. Daqui a pouco vai ter lei para só entrar aluno vacinado na escola”, disse Queiroga.

A possível obrigatoriedade do cartão vacinal para estudantes foi outro tema da live e recebeu críticas de Queiroga. “Não se pode exigir vacina para frequentar escola. Não é uma posição só minha, é da Unicef, da ONU, também. Sobretudo porque o PNI não recomenda vacina em adolescente que não tenha comorbidade”, ressaltou.

Em entrevista coletiva mais cedo, o ministro informou que não há recomendação de imunização de adolescentes de 12 a 17 anos sem doenças pré-existentes. Ele ainda comentou o recuo do governo federal em relação à vacinação de adolescentes.

“O Ministério [da Saúde], no começo de agosto, editou uma nota técnica da Secretaria de Enfrentamento à Covid que previa a vacina nesses adolescentes com comorbidades e, numa situação já muito adiantada, a vacina nos [adolescentes] sem comorbidades. No entanto, temos informações da literatura mundial e também posições de sistemas de saúde, como o inglês, que restringiram a vacina nos adolescentes sem comorbidades. Então, o que o Ministério da Saúde fez? Na nota técnica 40 da SECOVID, retirou os adolescentes sem comorbidades. O senhor tem conversado comigo sobre esse tema e nós fizemos uma revisão detalhada no banco de dados do DataSUS”, afirmou.

Queiroga ainda disse que ficou surpreso ao avaliar o banco de dados do DataSUS e encontrar mais de 3,5 milhões de adolescentes já vacinados desde o mês passado.

“E o mais grave, presidente, não só usando a vacina da Pfizer que é a que tem recomendação, a que tem base científica, usando Coronavac, Astrazeneca e Jansen. Então já fiz uma entrevista coletiva no Ministério da Saúde em que deixei bem claro que os 5570 secretários de Saúde do nosso Brasil têm que seguir as recomendações do Ministério da Saúde”, disse.

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