O presidente Jair Bolsonaro defendeu em pronunciamento na
noite desta quarta-feira (12) na entrada do Palácio da Alvorada, em Brasília, a
emenda do teto de gastos públicos e de uma agenda de responsabilidade fiscal.
Estavam presentes os presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia
(DEM-RJ), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (DEM-AP) que fizeram
pronunciamentos endossando os mesmos pontos do presidente.
“Em que pese a pandemia, o Brasil está indo bem, a economia está reagindo e nós aqui resolvemos, então, com essa reunião, direcionar mais ainda nossas forças para o bem comum daquilo que todos nós defendemos. Nós queremos o progresso, o desenvolvimento, o bem-estar do nosso povo. Nós respeitamos o teto dos gastos, queremos a responsabilidade fiscal e o Brasil tem como ser realmente um daqueles países que melhor reagirá à questão da crise”, afirmou Bolsonaro. Pela manhã, o presidente já havia se manifestado em defesa das privatizações e de uma agenda de controle dos gastos públicos.
Aprovada em 2016, a Emenda Constitucional nº 95, que ficou conhecida como PEC do Teto de Gastos, estabeleceu uma limitação para o crescimento dos gastos públicos, que só devem ser reajustados pela inflação ao longo de 20 anos.
Com a queda da
atividade econômica causada pela pandemia, alguns setores políticos e ministros
argumentam que a regra deve ser modificada para que o governo possa aumentar os
investimentos públicos e estimular a retomada da economia. Nesta terça (11), o
ministro da Economia, Paulo Guedes, defendeu o teto de gastos e afirmou que a
pasta não apoia o que chamou de “ministros fura-teto”, em referência aos
defensores de uma flexibilização da regra.
“Essa importante reunião, onde todos nós reafirmamos o nosso
compromisso com o teto de gastos, o nosso compromisso com a boa qualidade do
gasto público. Então, reafirmar esse tema é reafirmar o nosso compromisso com o
futuro do país. Dentro dessa realidade, como o presidente falou, nós temos
ainda muito a fazer, e acho que, de fato, reafirmando o teto de gastos, a
regulamentação dos seus gatilhos, vai nos dar condições de melhor administrar o
nosso orçamento”, disse Maia. O presidente da Câmara ainda destacou a reforma
tributária, em tramitação no Congresso, e a reforma administrativa, que ainda deve
ser apresentada pelo governo, para alterar regras nas carreiras do serviço
público.
Convergência entre os Poderes
O presidente do Senado
também defendeu uma convergência entre os Poderes em relação ao controle dos
gastos públicos. “De fato, a agenda e a reunião proposta pelo Poder Executivo,
na figura do presidente Bolsonaro, e do ministro Paulo Guedes, com os
presidentes da Câmara e do Senado, é para nivelar informações dessa agenda de
responsabilidade fiscal”, disse Alcolumbre.
O pronunciamento foi acompanhado pelos ministros Paulo
Guedes (Economia) e Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional), além de
lideranças partidárias e aliados do governo no Congresso Nacional.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook