O presidente Jair
Bolsonaro indicou neste domingo (2), por meio de sua conta no Twitter, que deve
encaminhar uma proposta ao Legislativo para alterar a forma de cobrança do ICMS
(Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação) que
incide sobre a gasolina e o diesel.
A ideia é acelerar
a chegada dos cortes feitos nas refinarias, pela Petrobras, ao consumidor.
No post, o
presidente propõe a incidência de um valor fixo de ICMS por litro e não mais
sobre a média de preço cobrado nos postos. “Os governadores cobram, em média,
30% de ICMS sobre o valor médio cobrado nas bombas dos postos e atualizam
apenas de 15 em 15 dias, prejudicando o consumidor”, escreveu Bolsonaro.
O presidente criticou
o modelo dizendo que os governadores “não admitem perder receita, mesmo que o
preço do litro nas refinarias caia”.
Bolsonaro lembrou
ainda que o governo reduziu três vezes os preços da gasolina e do diesel nas
refinarias e questionou o motivo do ajuste não ter chegado aos postos. “O
presidente da República encaminhará proposta ao Legislativo e lutará pela sua
aprovação”, escreveu.
O ICMS representa
um terço do preço final dos combustíveis. Cada Estado tem liberdade para
definir sua alíquota de ICMS, e o imposto é ad valorem, ou seja, a alíquota é
definida em um porcentual do preço.
É um modelo
diferente do aplicado em impostos federais, em que há um valor fixo por litro
de combustível. Por isso, cada vez que a cotação do petróleo sobe ou que o
câmbio perde valor ante o dólar, a arrecadação dos Estados sobe também.
De acordo com o
sinalizado por Bolsonaro, o ICMS seria cobrado sobre o litro do combustível.
Assim, a arrecadação dos Estados não aumentaria nem cairia, independentemente
da variação dos preços de gasolina e diesel.
O presidente já
havia sugerido mudança no ICMS que incide sobre combustível em janeiro, quando
a cotação do petróleo subiu após o ataque americano ao aeroporto de Bagdá, que
resultou na morte do general iraniano Qassim Suleimani.
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