O presidente Jair
Bolsonaro afirmou, nesta quarta-feira (3,) que está pronto para colocar em
prática seu projeto de combate à crise sanitária no país, caso o Supremo
Tribunal Federal (STF) entenda que é responsabilidade de seu governo a
determinação de medidas no combate à doença.
A fala ocorreu após
ele comentar sobre o pedido de secretários de saúde por um toque de recolher
nacional ou alguma outra política em nível federal de combate à disseminação do
novo coronavírus.
Em abril do ano
passado, o STF decidiu que estados e municípios têm autonomia para executar as
medidas necessárias para conter o avanço do novo coronavírus. A decisão da
Corte, contudo, não retirou da União a responsabilidade pelas ações de combate
à pandemia.
– Infelizmente o
poder é deles [dos estados e municípios], eu queria que fosse meu – disse o
presidente em referência à decisão do Supremo.
O presidente também
destacou que o governo liberou “uma quantidade enorme” e “vultosa” de recursos
para estados e municípios. Segundo ele, nunca faltaram verbas federais para
atender os estados em questões relacionadas à saúde.
– [No entanto] tem
que haver uma previsão por parte dos governadores – afirmou o presidente da
República.
Bolsonaro comentou
que foram solicitados mais recursos por parte de governadores ao ministro da
Saúde para o combate à pandemia e que irá conversar com Pazuello, já que ele
não é o “dono da chave do cofre”, mas que fará o que for possível para
preservar vidas.
Bolsonaro ainda
comentou sobre a compra de imunizantes pelo Ministério da Saúde e destacou ter
editado três Medidas Provisórias de crédito para a negociação com laboratórios;
entretanto, não haveriam doses disponíveis no mercado.
– Alguns falam que
tem que comprar, mas me diga onde – declarou.
O presidente
afirmou também que está investindo em vacinas, mas não descartou o atendimento
precoce, fazendo questão de se corrigir, chamando as medidas de “tratamento
imediato”.
– Falar “precoce” é
crime no Brasil – ironizou.
Ele ressaltou a
capacidade nacional na produção de imunizantes. De acordo com Bolsonaro o
Brasil seria um dos poucos países com condições de produzir e aplicar vacinas,
o que permitiria ajuda às nações vizinhas.
– Devemos também,
depois que nosso povo estiver vacinado, buscar maneiras de atender aos países
que fazem divisa conosco – declarou.
A medida seria uma
forma de evitar uma nova onda da doença trazida por países que fazem divisa com
o Brasil.
Sobre as
fatalidades relacionadas à covid-19, o presidente declarou que, apesar das
críticas, preocupa-se com as mortes.
– Mas emprego
também é vida. Uma pessoa desempregada entra em depressão, tem problemas, se
alimenta mal, é mais propensa a pegar outras doenças – defendeu o chefe do
Executivo.
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