A Receita Federal
segue investigando supostas irregularidades nos contratos de profissionais de
diversas emissoras de TV. Mas a megaoperação, que foi revelada no ano passado,
tem a Globo como o principal alvo. A informação é do UOL.
A mais recente
atuação da Receita atinge o âncora e editor-chefe do ‘Jornal Nacional‘, William
Bonner, que já está recorrendo, e nega qualquer irregularidade.
Além do
publicitário, a Receita Federal estaria autuando outros 20 globais. Todos esses
profissionais da Globo estão recorrendo. Isso além dos 43 autuados no ano
passado.
A Receita acusa
artistas e a Globo de conluio para reduzir o pagamento de impostos e de sonegar
o Fisco por meio da chamada “pejotização”. Em vez de serem contratados com
carteira assinada, esses profissionais optam por um acordo com a Globo (ou
outras empresas) por meio de suas empresas pessoais —as chamadas pessoas
jurídicas.
Em tese, isso lhes
dá a liberdade de terem outras atividades: fazer cinema, teatro, propagandas,
“merchans”, apresentação de eventos e presenças “vip” em eventos (pagas, claro)
etc.
Porém, para a Receita,
isso é uma manobra para reduzir as alíquotas devidas e sonegar impostos: Em vez
de pagarem 27,5% sobre seus rendimentos na Globo (como ocorre com pessoas
físicas com salários mais altos), os profissionais “pejotizados” pagam
alíquotas menores (15% sobre o total mais 10% sobre o que exceder R$ 20 mil
mensais).
A Receita chegou a
acusar a emissora e os artistas de “organização criminosa”.
CONFIRA A NOTA DA GLOBO SOBRE O
ASSUNTO:
“A Globo não
comenta questões relacionadas a procedimentos administrativos, próprios ou de
terceiros, mas esclarece que todas as formas de contratação praticadas pela
empresa, inclusive em relação ao jornalista William Bonner, estão dentro da lei
e todos os impostos incidentes são pagos regularmente. Assim como qualquer
empresa, a Globo é passível de fiscalizações, tendo garantido por lei também o
direito de questionar, em sua defesa, possíveis cobranças indevidas do fisco.
Assina: Central
Globo de Comunicação.”
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