Com pista simples e sinuosa a BR-282 atravessa o estado de
Leste a Oeste. São 680 quilômetros de riscos entre Florianópolis e Paraíso. A
rodovia federal 282, junto com a BR-470 e a BR-101, está entre as mais
perigosas do Brasil. Nesse final de semana a 282 foi lembrada, mais uma vez,
como a rodovia que mais mata em Santa Catarina.
Entre sexta-feira e sábado, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) registrou
cinco acidentes com sete vítimas fatais. No acidente ocorrido em Águas Mornas,
uma criança e uma mulher morreram. Em Alfredo Wagner, um casal morreu. Ambos
acidentes ocorreram na sexta-feira.
No feriado de sábado, a PRF registrou três mortes. Em Campos Novos, um motociclista morreu após colidir com um carro. Outro motociclista também perdeu a vida na rodovia em Pinhalzinho. No trecho da BR-282 em Ponte Serrada, a colisão entre um ônibus e um carro resultou na morte do motorista do veículo de passeio.
Em 2018 a PRF registrou 107 mortes na BR-282. No ano anterior, houve 93 acidentes fatais. Entre 2007 e 2018 foram registradas 1.459 mortes nessa rodovia. Os números apontam apenas as mortes ocorridas no local do sinistro.
Se flagrado em ultrapassagem proibida, o motorista será multado em R$
1.467,35 e perderá sete pontos na carteira por ter cometido infração
gravíssima. A multa e a perda de pontos por velocidade acima do permitido
dependem de quanto, em porcentagem, o motorista estava além do estabelecido
para a via. De acordo com o caso vai de quatro pontos à perda do direito de
dirigir.
Por onde vai a BR-282
Nos seus 680 quilômetros de extensão, a rodovia BR-282 passa por 15
municípios catarinenses: Florianópolis, São José, Palhoça, Santo Amaro da Imperatriz,
Alfredo Wagner, Lages, Campos Novos, Joaçaba, Xanxerê, Xaxim, Chapecó,
Pinhalzinho, Maravilha, São Miguel do Oeste e Paraíso.
Desvio em Palhoça
Um dos trechos complicados da BR-282 na Grande Florianópolis está em
Palhoça. A pista simples não suporta o trânsito intenso da cidade e da própria
rodovia, com seus veículos pesados. O acesso à rodovia BR-101 é um tormento em
forma de filas que alcançam quilômetros e dificulta a vida de quem precisa
encarar esse problema diariamente.
Uma proposta para dar fluidez ao trânsito nesse trecho é desviar o caminho
saindo da BR-101 antes do ponto original, passando próximo a Pedra Branca, em
Palhoça, chegando na BR-282 em Santo Amaro da Imperatriz.
O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) tem um
estudo para modificar o traçado da rodovia. Está prevista para este ano a
licitação para contratar uma empresa para a elaboração do projeto executivo da
obra.
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