O presidente Jair
Bolsonaro informou que o Brasil deve participar da Fase 3 de testes do spray nasal EXO-CD24, contra a covid-19, que está
sendo desenvolvido pelo Centro Médico Ichilov de Tel Aviv, em Israel. Em
publicação nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que conversou nesta sexta (12)
com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, sobre o assunto.
Em seu site, o
Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) disponibiliza informações
de diversas fontes sobre pesquisas pelo mundo em tecnologias relacionadas
à covid-19, inclusive medicamentos. De acordo com a página, em publicação
na última segunda-feira (8), os testes de Fase 1 com o EXO-CD24 já foram
concluídos.
“O hospital
anunciou que a substância EXO-CD24 foi administrada a 30 pacientes cujas
condições eram moderadas ou piores, e todos os 30 se recuperaram – 29 deles em
três a cinco dias. O medicamento combate a tempestade de citocinas, que se acredita
ser responsável por muitas das mortes associadas à doença. Ele usa exossomos –
pequenos sacos transportadores que transportam materiais entre as células –
para entregar uma proteína chamada CD24 aos pulmões, que o grupo de estudo está
pesquisando há décadas. Esta proteína ajuda a acalmar o sistema
imunológico e conter a tempestade”, diz a publicação.
De acordo com o
texto, o medicamento é inalado uma vez por dia durante alguns minutos, durante
cinco dias sendo direcionado diretamente para os pulmões. O Inpi destaca que,
até o momento, não há vacina ou tratamento farmacológico aprovado para
covid-19. As vacinas que estão sendo aplicadas em diversos países foram
autorizadas apenas para uso emergencial e ainda estão sendo estudadas.
Assim como as
vacinas, os estudos de medicamentos são divididos em várias etapas e, no
Brasil, precisam de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa) para acontecerem. Na lista dos ensaios clínicos autorizados pela Anvisa ainda
não consta o spray EXO-CD24. Na Fase 3 de testes clínicos, o medicamento é
administrado a uma grande quantidade de pessoas, normalmente milhares, para que
seja demonstrada a sua eficácia e segurança.
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