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O Brasil ocupa o 7º
lugar no ranking mundial de empreendedorismo feminino. Os dados são do
Instituto Rede Mulher Empreendedora, que aponta também um número superlativo em
relação às mulheres gestoras do próprio negócio no Brasil: são 30 milhões de
empresárias brasileiras. A busca de independência financeira e crescimento
profissional é um dos motivos para essa arrancada no mercado, segundo estudo
recente da Rede Mulher Empreendedora.
A pesquisa também
destaca os desafios a serem enfrentados no empreendedorismo feminino, como o
baixo faturamento, a informalidade e a falta de conhecimento em tecnologias
para alavancar os negócios, como ferramentas de redes sociais. O faturamento
mensal também é uma barreira. De acordo com os índices da Rede Mulher Empreendedora,
63% das brasileiras que empreendem ganham até R$ 2.500 por mês. Por outro lado,
50% dos homens conseguem ganhar mais do que esse valor, ultrapassando a marca
dos R$ 10 mil reais, enquanto apenas 38% do sexo feminino atingem esse valor.
A informalidade
também é uma das barreiras para as empreendedoras no Brasil. O levantamento
também mostrou que o percentual de mulheres que não possuem CNPJ varia nos
estados. Na região Sudeste, elas são 41%; no Sul, 43%; na região Centro-Oeste,
49%; no Nordeste, 63%; e na região Norte, 75%.
Já uma outra
pesquisa do Sebrae, intitulada, “Empreendedorismo Feminino no Brasil em 2021”,
realizada com base nas informações disponibilizadas nos microdados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE, o número médio de mulheres
donas do próprio negócio é de 34%. Os maiores índices são no estado do Rio de
Janeiro, 38%. Em seguida vem o estado de Sergipe e o Distrito Federal, com 37%
e na sequência Piauí, Ceará e Mato Grosso do Sul e São Paulo com 36%.
Proprietária e
administradora da Pastelaria Viçosa, Patrícia Rosa Calmon assumiu o comando dos
negócios há quase 20 anos. Atualmente, além de quatro estabelecimentos
espalhados no Plano Piloto, distribui os produtos da marca para Brasília e
entorno, empregando cerca de 150 pessoas.
“O empreendedorismo
feminino tem crescido muito, o mercado está muito aquecido pelas mulheres, isso
é muito importante porque a gente tem percebido o quanto elas têm investido em
capacitação, em novas experiências, têm sido mais arrojadas nos seus planos e
propósitos. Está bem bonito de se ver esse crescimento”, destaca a
empresária.
“A independência é
muito importante, isso para qualquer pessoa, é libertador. Daí elas passam a
novos horizontes, conseguem imaginar e buscar novas oportunidades. A
independência traz o crescimento, a responsabilidade que a gente precisa muito
para empreender”, observa.
A deputada federal
Celina Leão (PP-DF), vice-governadora eleita do DF, foi a relatora da medida
provisória 1116/2022, que criou o Emprega + Mulheres. Entre outras medidas, a
MP propõe taxas diferenciadas para empréstimos oferecidos pelo governo federal
para as mulheres empreendedoras. A parlamentar acredita que o empreendedorismo
feminino traz liberdade para as mulheres.
“Liberta as
mulheres de qualquer tipo de situação de violência, que a mulher, quando tem
uma situação financeira ajustada, ela não fica se submetendo a violências, ela
liberta a mulher para realmente fazer um planejamento familiar, para estruturar
a educação dos seus filhos, para estruturar realmente onde ela está e onde ela
quer chegar”.
Ainda de acordo com
dados da Rede Mulher Empreendedora, o desemprego e a falta de renda durante a
pandemia impulsionaram 26% das mulheres a dar o pontapé inicial no seu negócio.
A pesquisa aponta ainda que 77% delas avaliam que são total ou parcialmente
independentes do ponto de vista financeiro.
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