O Brasil melhorou de posição na última semana em um ranking
da Universidade de Oxford que acompanha as medidas de redução de riscos na
contenção à pandemia do novo coronavírus.
Ou seja, o ranking não considera melhores as reações próximas
de 100 ou piores as que não saem do 0. Apenas registra que alguns governos
tomaram mais medidas que outros.
"O índice não é capaz de contar toda a história, mas
pode ajudar na tomada de decisões de política pública ou a analisar que medidas
foram tomadas em cada contexto e por quê", diz Hale, que é professor da
Escola de Governo Blavatnik, de Oxford.
Diariamente, a universidade compila iniciativas de suspensão das aulas, fechamento de espaços públicos, cancelamento de eventos, interrupção de transporte público, restrição a movimentação interna e proibição de voos internacionais.
No Brasil, as medidas têm sido tomadas pelos estados. Todos cancelaram aulas e só três mantiveram shoppings e comércio de rua abertos. Em nível nacional, houve restrição à entrada de estrangeiros.
O governo anunciou programas para compensar a perda de renda
de trabalhadores e aliviar o caixa de empresas afetadas pela pandemia.
Investimento de emergência no setor de saúde e na pesquisa de
vacinas também entram no ranking, assim como campanhas de informação.
Entre países com a mesma faixa de casos confirmados de
infecção pelo coronavírus, o Brasil fica em posição intermediária no grau de
medidas.
Com 5.923 confirmações até as 17h desta quarta, ele fica
abaixo de Israel, que tem índice 100 (o máximo possível) e 6.092 casos, mas
acima de Noruega (4.463 casos, índice 45) e Suécia (4.947, índice 29).
Adotam medidas em grau semelhante ao brasileiro tanto países
com mais casos (Coreia do Sul, com 9.887 casos e índice 74) como alguns em
estágio anterior, como Equador (2.748 casos) e Iraque (694 casos). Os dois
últimos têm índice igual ao do Brasil.
Como a ferramenta permite acompanhar todos os dados desde o
começo deste ano, é possível ver a evolução das medidas pelo mundo.
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