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Até o mês de junho, o Brasil registrou 128.901 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG). A região Sudeste (São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo) aparece em primeiro lugar com 60.788 notificações, seguida da região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) com 25.253. As crianças menores de 1 ano de idade apresentaram o maior número de internações. Os dados são do mais recente boletim epidemiológico do Ministério da Saúde. Os números mostram que a síndrome merece atenção e cuidados.
Os estados e municípios que apresentarem um número alto de notificações e internações hospitalares por SRAG, seja em leitos de UTI ou de enfermaria — e decretarem situação de emergência — podem receber incentivo financeiro de custeio voltado à abertura de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) pediátricas.
Segundo o médico
infectologista, o número de notificações e internações hospitalares por SRAG
ainda é muito alto. Para especialista, é importante que todas as regiões
consigam oferecer atendimento e tratamento adequado, principalmente para as
crianças.
"Até
aproximadamente 12 anos de idade, as crianças apresentam o sistema imunológico
imaturo, ainda em formação, por isso tendem a apresentar quadros mais graves ou
mesmo apresentar infecções respiratórias recorrentes”, revela. Ele
acrescenta que o número de internações hospitalares acaba aumentando porque as
baixas temperaturas favorecem as infecções respiratórias nesse período do ano.
Os estados que
fazem parte da região da Amazônia Legal terão o equivalente a R$ 2,6 mil por
dia, valores de referência de cálculo de incentivo para leitos de UTI
pediátrica. Os demais estados terão direito a R$ 2 mil. Para leitos de suporte
ventilatório pulmonar pediátrico, os valores-base serão de R$ 650 para estados
da Amazônia Legal e de R$ 500 ao restante.
Síndrome Respiratória Aguda Grave
A síndrome
respiratória aguda grave é caracterizada por sintomas como febre de início
súbito, dor de cabeça, tosse, coriza, dificuldade de respirar, sensação de peso
no peito e uma queda na oxigenação no sangue, segundo o médico infectologista
Hemerson Luz. Ele alerta que o quadro pode ser ainda mais grave nas crianças
que podem apresentar também falta de ar, menor apetite, irritabilidade ou uma
queda no estado geral. O especialista diz que algumas medidas podem evitar o
aumento no número de casos. “A melhor forma de prevenir a síndrome respiratória
aguda grave é manter o sistema vacinal completo, principalmente contra a influenza
e contra a covid-19. Além disso, sempre que ocorrerem sintomas gripais como
nariz escorrendo, dor de garganta, tosse, febre, dor de cabeça, deve-se
procurar atendimento médico imediatamente”, alerta.
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