O Brasil alcançou a maior produção de etanol da história, com um total de 35,6 bilhões de litros provenientes da cana-de-açúcar e do milho, de acordo com levantamento divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Isso representa um acréscimo de 7,5% em comparação à safra 2018/19. Com relação ao açúcar, a produção foi de 29,8 milhões de toneladas, crescimento de 2,6% em relação ao produzido na safra 2018/19.
O etanol anidro da cana-de-açúcar, que é utilizado na mistura com a gasolina, teve aumento de 8,5%, alcançando 10,1 bilhões de litros. O anidro extraído do milho alcançou 390,7 milhões de litros, 66,8% superior à temporada passada.
Setor pede ajuda ao governo
O resultado recorde deveria ser motivo de comemoração no setor, mas a queda no uso de combustíveis por causa do isolamento social provocado pelo coronavírus e a queda do petróleo no mercado internacional deixou o setor exposto financeiramente.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, definiu a situação como uma “tempestade mais do que perfeita” para o setor, que agora busca ajuda do governo para sobreviver.
Entre as propostas estão a isenção de PIS/Cofins (Programas de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público e Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) para o setor por três meses, aumento da Cide (Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina, o que deixaria o etanol mais competitivo e linhas de crédito para que produtores e usinas possam investir em estocagem.
De acordo com a ministra, as medidas deverão ser anunciadas nos próximos dias.
Safra de cana contou com bom clima
As condições climáticas verificadas nas principais regiões produtoras favoreceram a produção de cana-de-açúcar, que apresentou incremento no seu rendimento médio, diz a Conab.
Com o término da safra 2019/20, houve a confirmação do crescimento na produção da cana-de-açúcar em comparação à temporada passada.
Foram mais de 642,7 milhões de toneladas colhidas, representando aumento de 3,6% em relação a 2018/19. O Sudeste manteve a liderança na produção, com mais de 415 milhões de toneladas colhidas, indicando acréscimo de 3,7% em comparação a 2018/19.
No Nordeste, as condições climáticas foram mais favoráveis à cultura. Com isso, a região colheu cerca de 49,1 milhões de toneladas, representando acréscimo de 10,6%.
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