O ministro da
Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, informou nesta
segunda-feira (2) que o governo federal prevê investir R$ 10 milhões via
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em
pesquisas voltadas para o mapeamento e sequenciamento do novo coronavírus.
Segundo Pontes, o
valor ainda é uma previsão e deve ser aplicado em 2020. A informação foi
divulgada após teleconferência sobre o novo coronavírus com ministros de
Ciência e Tecnologia de outros oito países (Alemanha, Canadá, Coreia do Sul,
Estados Unidos, Índia, Inglaterra, Itália, Japão e Nova Zelândia).
Em fevereiro, a
pasta criou a Rede Vírus, uma rede de pesquisa envolvendo cientistas e
laboratórios para ajudar no enfrentamento de viroses emergentes, com foco
inicial em coronavírus e influenza. Dessa maneira, o grupo é formado por
especialistas e representantes do Ministério da Saúde, de entidades científicas
e de unidades de pesquisa.
Assim, o ministro
Marcos Pontes afirmou em entrevista aos veículos da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC):
“A ideia é
trabalhar com Ministério da Saúde para colocar recursos para que essa rede
possa desenvolver as pesquisas. Certamente vai ajudar em termos de modelamento
desse vírus, no mapeamento e no sequenciamento desse genoma e muitas outras
possibilidades em termos de tratamento, testes clínicos. Então, o Brasil pode
contribuir muito”
Assim, a rede de
pesquisa será coordenada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e
Comunicações (MCTIC) e definirá uma agenda de prioridades de pesquisa e ações
futuras para auxiliar no combate de viroses no país. A atuação deverá ser
restrita ao campo da pesquisa científica, como auxiliar e complementar às
iniciativas do Ministério da Saúde.
Ministros de Ciência
De acordo com
Marcos Pontes, o grupo de ministros de Ciência discutiu sobre formas de trocar
informações sobre o novo coronavírus entre os países e como pode haver a
colaboração entre os países.
“Nós tratamos de
três assunto: o que estamos fazendo em cada um desses países em termos de
pesquisa para auxiliar a parte de saúde propriamente dita. Segundo: como a
gente pode trocar dados; e terceiro, como podemos colaborar com os diversos
países”, explicou Pontes.
O grupo de
ministros ainda faz parte do Carnegie Group of Science Advisers, criado em 1991
para reunir anualmente ministros da Ciência de diversos países.
Segundo o ministro,
o grupo tem trabalhado no mapeamento e identificação da origem do novo
coronavírus.
“A pesquisa e o
desenvolvimento têm uma série de fatores que trabalham na busca de identificar
o vírus, o genoma, o modelamento. Com esse tipo de identificação, a gente
consegue ter uma ideia de onde vem, que tipo de vírus a gente recebeu aqui no
Brasil. É importante a gente ter a noção dessa propagação”, completou.
A previsão de
Pontes é que o grupo mantenha o contato, por teleconferência, semanalmente.
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