A produção de vacinas contra gripe pelo Instituto Butantan foi ampliada para 75 milhões de doses à Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, que ocorre em postos de vacinação de todos os estados e do Distrito Federal. O Butantan vai entregar 13% a mais de doses em 2020 do que no ano passado, como explica o diretor do Instituto, Dimas Covas.
“É um recorde de produção do Butantan. Isso significa que a cada três brasileiros um receberá a vacina produzida pelo Butantan. Essas vacinas são entregues ao Ministério da Saúde e a pasta faz a distribuição nacional.”
A medida foi decidida em conjunto com o Ministério da Saúde e o Centro de Contingência do Estado de São Paulo para o novo coronavírus, como ressalta o ministro, Luiz Henrique Mandetta.
“Não é vacina para o coronavírus mas protege contra Influenza A, da influenza B e de mais algumas cepas de H1N1 que muito podem trazer surtos de gripe e confundir com o coronavírus.”
Embora a vacina contra a gripe não seja diretamente efetiva contra a Covid-19, a imunização ampliada, segundo o ministério, é fundamental para reduzir a capacidade de contaminação nos próximos meses. Os 75 milhões de doses contra o Influenza que estão sendo produzidas pelo Instituto Butantan, representam 10% da produção mundial.
De acordo com o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a vacina deixa o sistema imunológico de 80% dos que são imunizados, protegidos contra os vírus que estão circulando e são milhares de vezes mais comuns que o coronavírus.
“Se essa vacina deixa o sistema imunológico do indivíduo protegido contra o vírus da gripe, essas cepas virais que estão circulando são milhares de vezes mais comuns do que o coronavírus. Para um eventual profissional de saúde, um médico, na hora que um indivíduo, um mês depois, dois meses depois, tem um quadro gripal e ele informa que foi vacinado, ele auxilia muito o profissional para a possibilidade de outras viroses que não são cobertas pela vacina.”
O Ministério da
Saúde inverteu a ordem do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra
a Gripe. Primeiro, estão sendo vacinados idosos com 60 anos ou mais e
trabalhadores da saúde. A decisão é mais uma medida de proteção a esses
públicos, em especial aos idosos, já que a vacina é uma proteção aos quadros de
doenças respiratórias mais comuns, que dependendo da gravidade pode levar a
morte.
Outra preocupação é
evitar que as pessoas de 60 anos ou mais, público mais vulnerável ao
coronavírus, precise fazer deslocamentos no período esperado de provável
circulação do vírus, no país. A primeira fase da campanha termina em 15 de
abril.
A partir de 16 de
abril, é a vez dos membros das forças de segurança e salvamento, doentes
crônicos, caminhoneiros, motoristas de transporte coletivo e portuários. A
partir de 9 de maio, Dia D da vacinação, serão imunizados professores, crianças
de 6 meses a menores de 6 anos, grávidas, mães no pós-parto, população
indígena, pessoas com 55 anos ou mais e pessoas com deficiência.
Em caso de fila as
pessoas, principalmente os idosos, devem manter distância de pelo menos 2
metros de distância da outra pessoa.
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