O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, durante votação remota
A Câmara Federal
aprovou nesta terça-feira (5) o Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus (PLP
39/20) que prevê repasses de 60 bilhões e suspensão de dívidas que elevam o
impacto total a R$ 120 bilhões a estados e municípios, durante a pandemia
do coronavírus.
O texto elaborado
pelo Senado substitui proposta aprovada anteriormente pela Câmara (PLP
149/19) e muda a forma de distribuição dos recursos. Apesar de discordarem da
estratégia do Senado, deputados aprovaram o projeto para garantir o rápido
envio da proposta à sanção presidencial e possibilitar a liberação dos
recursos. O texto ainda pode ser alterado por emendas, que serão votadas
separadamente.
Além da suspensão
do pagamento de dívidas dos entes federados com a União e com a Previdência
Social, a proposta do Senado prevê o repasse de R$ 60 bilhões em quatro meses
para amenizar os impactos negativos do coronavírus na economia. A versão da
Câmara previa ajuda variável estimada inicialmente em R$ 80 bilhões em seis
meses.
O deputado Pedro
Paulo (DEM-RJ), relator da proposta, disse que o texto-base aprovado avança ao
estabelecer limite global para o auxílio da União e nas vedações para aumento
de despesas nos entes federados. No entanto, o relator alertou que os critérios
do Senado para distribuição do dinheiro produzem distorções em relação ao que
fora previsto pela Câmara.
Durante a sessão do
plenário virtual, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, chegou a
deixar o comando dos trabalhos para defender a aprovação do texto oriundo do
Senado diante da urgência dos entes federados no combate à pandemia. “A tese
prevaleceu, o valor prevaleceu, a forma de distribuição é que mudou”, declarou
Maia.
Congelamento de
salários
Após acordo com a
equipe econômica, o texto do Senado proíbe a União, os estados, o Distrito
Federal e os municípios de concederem qualquer tipo de aumento salarial até o
final de 2021, assim como a realização de concursos e a criação de cargos.
Ficarão de fora
dessas regras as categorias de servidores civis e militares envolvidos
diretamente no combate à covid-19. Além dos profissionais da saúde, a emenda
aprovada pelo plenário cita, entre outros, policiais legislativos, técnicos e
peritos criminais, agentes socioeducativos, trabalhadores na limpeza urbana e
os que atuam na assistência social.
Esse ponto da
proposta motivou diversas manifestações dos parlamentares, favoráveis e
contrários à medida. Para setores da oposição, haverá uma diferenciação
desnecessária entre os servidores e empregados públicos. Em linhas gerais,
porém, foram várias as críticas dirigidas ao texto do Senado, na comparação com
a versão da Câmara.
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