A Câmara dos
Deputados aprovou nesta terça (29) a Medida Provisória (MP) 977/20, que
abre crédito extraordinário de R$ 20 bilhões para concessão de garantia da
União a empréstimos feitos pelos bancos a empresas com receita bruta entre R$
360 mil e R$ 300 milhões.
A matéria segue
para o Senado e precisa ser votada até esta quinta (1º) para não perder a
validade. O texto foi aprovado da forma como foi editada pelo governo em junho,
sem modificações.
“Em razão do ambiente de incertezas, os
modelos de riscos adotados pelas instituições financeiras não são
suficientemente precisos na previsão de taxas de inadimplência nesses próximos
meses, levando a posturas conservadoras na concessão de crédito, especialmente
para empresas de menor porte, devido à ausência de histórico de crédito, maior
risco e custo transacional mais elevado”, justificou o governo, ao publicar a
MP.
Além das pequenas e
médias empresas, poderão ter acesso ao empréstimo com garantia também
as associações, as fundações de direito privado e as sociedades cooperativas,
exceto as de crédito.
Os recursos são
oriundos da emissão de títulos públicos e reforçará o Fundo Garantidor para
Investimentos (FGI), gerenciado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
Prorrogação de IPI
Os parlamentares
também aprovaram a Medida Provisória (MP) 987/20, que prorroga o prazo para
empresas automotivas instaladas nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
apresentarem projetos de novos produtos para contarem com crédito do Imposto
sobre Produtos Industrializados (IPI). A matéria segue para o Senado.
O texto define o
prazo em 31 de outubro de 2020. Inicialmente, o texto editado pelo
governo prorrogava o prazo de 30 de junho até 31 de
agosto deste ano. A estimativa da renúncia fiscal com a mudança é de R$
150 milhões.
O crédito poderá
ser usado para descontar o valor a pagar a título de PIS e Cofins em vendas
realizadas entre 1º de janeiro de 2021 e 31 de dezembro de 2025.
Durante esse período, as empresas precisam respeitar patamares mínimos de
investimentos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica na região.
A proposta aprovada
prevê a cobrança de Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, e
Relativas a Títulos e Valores Mobiliários (IOF), entre 2021 e 2025, sobre
as operações de crédito realizadas com recursos do Fundo Constitucional de
Financiamento do Centro-Oeste (FCO) como compensação à renúncia fiscal com a
prorrogação dessa isenção.
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