Foto: MyKe Sena/Câmara dos Deputados Fonte: Agência Câmara de Notícias
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14/6) um projeto que objetiva tipificar a discriminação de indivíduos considerados “politicamente expostos” – tais como políticos, ministros do Poder Judiciário e portadores de cargos comissionados – como um crime. A próxima etapa é a análise do projeto pelo Senado Federal.
O projeto é de autoria da deputada federal Dani Cunha (União-RJ), filha do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha, e, na prática, muda o tratamento dado a políticos no âmbito do Código de Defesa do Consumidor. A matéria é relatada pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA)
Os deputados
aprovaram em sessão anterior a urgência do texto, o que possibilitou sua
análise direta no plenário, sem ter que passar pelas comissões.
O presidente da
Câmara, Arthur Lira (PP-AL), negou que o assunto tenha sido tratado com
precipitação. “Essa matéria foi pauta em discussão na reunião de colégio de
lideres extensiva na terça-feira”, disse.
O projeto em pauta tem como objetivo estabelecer punições para crimes oriundos de discriminações contra indivíduos considerados “politicamente expostos”. Além disso, o projeto também prevê sanções para discriminações realizadas contra pessoas que estejam sob investigação preliminar, termo circunstanciado, inquérito ou qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil ou administrativa, bem como pessoas que se encontram na posição de ré em processos judiciais ainda em fase recursal.
“O preconceito, que se origina da prévia criação de conclusões negativas e intolerâncias injustificáveis quanto a certo conjunto de indivíduos, possui significativo potencial lesivo, na medida em que tem o condão de acarretar, em última análise, a violação de direitos humanos”, disse o relator.
Penas
O projeto de lei, o
PL 2720/23, apresentou um substitutivo antes da deliberação em plenário. O PL
prevê punições para as seguintes ações realizadas contra indivíduos que sejam
considerados “pessoas politicamente expostas” ou réus em processos sem trânsito
em julgado: obstrução de promoção funcional, negação ou obstrução a emprego em
empresas privadas, impedimento de ascensão profissional ou outra forma de
benefício profissional, e recusa em abrir ou manter conta corrente, conceder
crédito ou outros serviços financeiros. As punições incluem prisão de dois a
quatro anos e multa.
Confira abaixo as
orientações de cada partido e bloco parlamentar na Câmara dos Deputados:
Essas foram as
posições adotadas pelos partidos e blocos durante a votação.
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