A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (9) o
projeto que define como será a distribuição dos recursos do megaleilão de petróleo. O texto segue para o Senado.
O leilão da chamada "cessão onerosa" está marcado para
novembro, e o governo espera arrecadar R$ 106,5 bilhões (leia
detalhes mais abaixo).
A votação desta quarta-feira na Câmara foi simbólica, ou seja, sem o
registro eletrônico de como cada deputado votou. Pouco antes de o texto ser
aprovado, o plenário da Câmara deu urgência à proposta.
Nos últimos dias, deputados e senadores precisaram negociar um acordo para que o texto a ser votado
agradasse aos parlamentares de todas as regiões.
Divisão
A proposta aprovada pela Câmara define a seguinte divisão dos recursos:
-15% para estados e Distrito Federal: R$ 10,95 bilhões;
-3% para estados próximos às jazidas de
petróleo: R$ 2,19 bilhões;
-15% para municípios: R$ 10,95 bilhões.
Regras de distribuição
O texto determina os seguintes critérios de distribuição para os
estados:
-dois terços: repartidos de acordo com o Fundo de
Participação dos Estados (FPE);
-um terço: repartido de acordo com a Lei Kandir.
O duplo critério atende a estados do Norte e Nordeste, que reivindicavam
a divisão pelo FPE, e a estados do Sul, do Sudeste e do Centro-Oeste, que
reivindicavam a divisão pela Lei Kandir.
A proposta também define que os entes federados deverão usar a verba
para:
-pagar despesas com dívidas
previdenciárias;
-investimentos.
Entenda o megaleilão
Em 2010, a União e a Petrobras assinaram
um acordo que permitiu à estatal explorar 5 bilhões de barris de petróleo na
Bacia de Santos. À época, a Petrobras pagou R$ 74,8 bilhões.
A estimativa do governo federal, porém, é que a área pode render mais 6
bilhões de barris e, diante disso, a União decidiu fazer um megaleilão do
volume excedente.
Presidente da Câmara
Ao fim da votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), agradeceu aos deputados que
participaram da articulação para a análise do tema. Segundo o presidente, foi
pactuado um texto que atendeu a todas as regiões do país.
"Nenhum de nós deputados, em nenhum momento, quis reduzir a participação de estados", disse.
>>>Clique e receba notícias do JRTV Jornal Regional diariamente em seu WhatsApp.
DEIXE UM COMENTÁRIO
Facebook