Pode ser votado
nesta quinta-feira (18) na Câmara dos Deputados o projeto de lei que aumenta a
quantidade de pontos para a perda da CNH (Carteira Nacional de Habilitação)
pelo condutor. O limite de pontos passaria então de 20 para 40.
Encaminhado então
pelo governo federal no ano passado, o PL 3267/2019 altera a Lei nº 9.503, de
23 de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro.
Proposta está na
pauta da sessão deliberativa extraordinária marcada para as 14h no plenário
virtual. Entre os pontos do projeto de lei há o aumento da pontuação no
prontuário na CNH de 20 para 40 pontos ao longo de um ano. Hoje, a carteira é
suspensa caso o motorista atinja os 20 pontos dentro de um ano ou no caso de
infrações específicas, registradas como gravíssimas.
Assim a proposta
que irá para votação foi modificada. O aumento será escalonado: 40 pontos para
quem não receber multas, 30 para quem tiver no máximo uma infração gravíssima e
20 pontos para quem tiver duas ou mais multas gravíssimas.
Prazo
Outra mudança então
é o aumento na validade da CNH, atualmente de cinco anos. A proposta é que ela
passe a valer por 10 anos. No caso de motoristas com mais de 65 anos, o prazo
será de 5 anos. Atualmente é de cinco anos e três para motoristas idosos.
Dessa forma, o que
irá à votação prevê 10 anos para motoristas com até 50 anos; cinco para
condutores entre 50 e 70; e três anos acima disso. Também deve ser votado o
aumento para 30 dias para indicar o condutor responsável por uma infração, em
caso do carro estar em nome de outra pessoa.
O transporte
obrigatório de crianças em cadeirinhas ou assentos de elevação também é uma das
questões. O governo queria que o motorista flagrado carregando crianças sem um
dos dispositivos recebesse apenas uma advertência e três pontos na CNH.
Atualmente, isso é configurado como infração gravíssima, que dá sete pontos na
CNH e multa de R$ 297,47.
A Câmara vai votar
uma proposta, com base em setores ligados à segurança viária, de que crianças
até dez anos ou com estatura de até 1,45 m têm que estar usando um dos
dispositivos de contenção, cadeirinha ou assento de elevação. Ademais,
continuará a ser uma infração gravíssima.
Outras mudanças
No PL apresentado,
acabariam também as multas pelo não uso do farol baixo em rodovias. Apenas
seria transformado em multa caso o motorista não fosse identificado, mas aí
passaria a ser infração leve, de três pontos. E no projeto passa a ser
obrigatório apenas em rodovias de pistas simples.
Desde 2016, usar
luzes diurnas ou farol baixo em rodovias mesmo durante o dia é obrigatório e
leva a infração média com multa de R$ 130,16. Agora, se aprovado, o motorista
ficará apenas com a pontuação e a multa financeira é extinguida.
O exame toxicológico
também foi mantido, diferentemente do que queria o governo. O exame é para
constatar se pessoas que trabalham como motoristas profissionais (CNHs de
categoria C,D e E) fizeram uso de drogas. Segundo o texto, o exame foi mantido
e será obrigatório a cada dois anos e meio, na renovação.
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