Após dois anos sem fechar
negócios internacionais, a Casa da Moeda do Brasil (CMB)
assinou ontem (9) contrato milionário com o governo da Argentina para a
fabricação de 400 milhões de cédulas.
A produção terá início no mês que vem e deve perdurar até março de 2021.
Segundo o Valor, a receita de US$ 20,6 milhões, prevista no contrato,
renova a expectativa da estatal de terminar o ano em equilíbrio financeiro,
depois de três anos de prejuízo – a expectativa é que essa seja a primeira
exportação de cédulas lucrativa para a empresa.
As outras duas mais recentes – Venezuela, em 2018, e Haiti, em 2010 – ficaram no “zero a zero”.
A CMB
A CMB terá de conciliar a produção dos pesos argentinos com as demandas do
governo brasileiro, que aumentaram diante da renovação do auxílio emergencial e
da criação da cédula de R$ 200, que está em circulação desde o dia 2 de
setembro.
Além disso, a empresa tem o desafio de entregar os produtos contratados
sem regime de horas extras, cuja prorrogação foi rejeitada em assembleia pelo
Sindicato Nacional dos Moedeiros.
Estatal
De acordo com fontes da estatal, os trabalhos previstos para os próximos
meses exigirão uso da “plena capacidade instalada”, que é de 2,6 bilhões de
cédulas e de 4 bilhões de moedas por ano.
O contrato com a Argentina – que tem Casa da Moeda própria, mas sem capacidade para produzir tudo o que a pandemia tem exigido no momento – poderá ajudar na manutenção de sua sustentabilidade para os próximos exercícios financeiros, apesar de as projeções internas ainda apontarem déficit para 2020.
Antes da formalização do contrato com a Argentina, a fabricação da cédula de R$ 200 e a produção de novas cédulas para o pagamento do auxílio emergencial eram as últimas apostas da estatal para não fechar o ano no prejuízo.
Até então o único negócio lucrativo da companhia, a confecção de
passaportes, perdeu mais de 65% do faturamento neste ano.
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