Senadores da Comissão de Constituição e Justiça avançaram na
tramitação do pacote anticrime. Os projetos são baseados no texto do ministro
Sergio Moro.
Foi por um placar de 17 votos a dois que a Comissão de
Constituição e Justiça aprovou o projeto que torna crime o caixa 2 eleitoral. O
relator, senador Marcio Bittar, do MDB, manteve a pena prevista no pacote anticrime
do ministro Sergio Moro: de dois a cinco anos de prisão.
O projeto é terminativo, não precisa passar pelo
plenário: vai direto para a Câmara. Em uma rede social, Moro parabenizou os
senadores.
A Comissão de Constituição e Justiça também ouviu nesta
quarta (10) a leitura do relatório do senador Marcos do Val, do Cidadania (ES),
que trata da prisão após condenação em segunda instância.
No Senado, o pacote anticrime tem três relatores,
divididos por temas. Marcos do Val também se baseou no pacote de Moro e manteve
a prisão após condenação em segunda instância. Ele retirou do texto o trecho
que dizia que, excepcionalmente, a execução provisória da pena poderia não ser
realizada.
Para garantir que condenados comecem a cumprir a pena
de prisão imediatamente após a condenação em segunda instância, Marcos do Val
explicou a mudança: “Para ficar em harmonia com o STF, para que não fosse um
problema a inclusão de um texto ou de um artigo específico que pudesse causar
aí um desconforto. Então, a gente fez para criar essa harmonia com o STF”.
O próximo passo é votar o relatório na CCJ, depois do recesso parlamentar.
Nesta terça (9), na Câmara, o grupo de trabalho que analisa o pacote anticrime
tinha excluído do texto a previsão de prisão após condenação em segunda
instância.
Como existem dois pacotes anticrime em análise no
Congresso, um na Câmara e outro no Senado, vai prevalecer o que for aprovado
nas duas casas primeiro. O do Senado está mais adiantado do que o da Câmara.
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