A crise financeira provocada pela
pandemia do coronavírus levou cerca de 4 milhões de brasileiros a recorreram a
algum tipo de empréstimo entre maio e julho, apontam dados divulgados nesta
quinta-feira (20) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A pesquisa mostrou ainda que aumentou, em relação a junho, o percentual de domicílios que receberam auxílio emergencial
Dos cerca de 4
milhões de pedidos de empréstimo realizados na pandemia, 3,3 milhões foram
concedidos, enquanto 762 (19%) foram negados.
“Entre os que
solicitaram e não conseguiram empréstimo, 59,2% pertencem as duas classes de
rendimento mais baixas, que recebem menos de um salário mínimo”, apontou a
gerente da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
De acordo com a
pesquisa, a maior fonte de empréstimos foram os bancos e outras instituições
financeiras (75,7%). Em 23,6% domicílios que contaram com empréstimo
financeiro, algum morador conseguiu o dinheiro com amigos ou parentes.
O levantamento foi
feito por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar
os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas
com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.
Auxílio emergencial
Ainda segundo o
levantamento do IBGE, 30,2 milhões de domicílios brasileiros, o que corresponde
a 44,1% do total, receberam algum auxílio emergencial relacionado à pandemia em
julho. Isso corresponde a mais 813 mil lares beneficiados, na comparação com o
mês anterior.
De acordo com o
IBGE, o percentual de domicílios recebendo o auxílio aumentou em todas as
grandes regiões, sendo os maiores no Norte (60,6%) e Nordeste (59,6%). No Sul,
30,9% dos lares receberam o benefício. O valor médio do auxílio subiu de R$ 885
para R$ 896.
O rendimento médio
real domiciliar per capita efetivamente recebido em julho foi de R$ 1.271. O
valor ficou 2,9% acima do registrado em junho (R$ 1.236). As regiões Nordeste e
Norte apresentaram os menores valores, R$ 899 e R$ 903, respectivamente.
Já o rendimento
médio domiciliar per capita dos domicílios onde nenhum dos moradores recebia
algum auxílio do governo concedido em função da pandemia (R$ 1.760) era, em
média, mais de duas vezes superior ao daqueles onde algum morador recebia o
auxílio (R$ 797). A proporção se manteve nas cinco regiões.
As estados do Norte
e Nordeste tinham as maiores proporções de domicílios onde um dos moradores é
beneficiário de algum programa de auxílio emergencial. No Norte, três estados
estão entre os cinco com maior percentual: Amapá (68,8%); Maranhão (65,8%);
Pará (64,5%); Alagoas (62,8%) e Amazonas (62,6%).
Em seguida, vêm os
demais estados do Nordeste e Norte, todos, exceto Rondônia (48,5%), com mais da
metade dos domicílios recebendo auxílio emergencial. Todos os estados das
demais regiões ficaram abaixo de 50%. No Sul, Rio Grande do Sul (29,6%) e de
Santa Catarina (24,5%) tinham as menores proporções.
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