Cevid, com "Formar para Transformar", tenta romper ciclo transgeracional da violência

22/07/2019 - 09h42

A Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do TJ e o município de São Miguel do Oeste promoveram neste mês uma capacitação profissional sobre o tema da Violência Doméstica contra a Mulher, através do Curso Formar para Transformar.

O objetivo do programa é potencializar as escolas para atuar na prevenção da violência contra a mulher, ao prestar informações sobre a Lei Maria da Penha, direito, garantias e medidas de proteção, e sobre a rede de atendimento nos municípios.

O trabalho serve para capacitar os professores e servidores de instituições de ensino e áreas interligadas a respeito dos procedimentos que devem ser adotados em situações de violência doméstica. Busca-se, assim, o fortalecimento das crianças, adolescentes e seus familiares no intuito de romperem com o ciclo de violência estabelecido em seus lares. 

Nesse passo, o ambiente escolar é considerado uma possibilidade de modificação desta realidade, sob dois aspectos: primeiro por meio da capacitação dos profissionais da educação, para que através do conhecimento possam identificar situações de violência doméstica, orientar e realizar os devidos encaminhamentos, respeitada suas funções e competências;  segundo, por meio da conscientização e educação das crianças e adolescentes, no sentido de desnaturalizar a violência doméstica, de forma a colaborar para a transformação de futuros adultos não violentos e romper o ciclo transgeracional da violência.

A desembargadora Salete Silva Sommariva, titular da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar (Cevid) do TJSC, abordou  o tema "Feminicídio e aspectos sociais e culturais da violência contra as mulheres",  na palestra inaugural do evento, na Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste.

Para ela, a base da educação está nas crianças e se jovens e adolescentes não forem orientados adequadamente, no futuro poderão replicar o comportamento de familiares, especialmente o dos pais. A menina, ao agir de forma submissa, e o menino, ao impor autoridade, agressividade e uma série de atos prejudiciais para o convívio em família e em sociedade.

A desembargadora ressaltou que a problemática é mundial e a conscientização das pessoas é fundamental para que os índices de violência sejam diminuídos. A programação se estendeu pelos dias 10 e 11 de julho, com palestras ministradas por psicólogos, advogados e assistentes sociais. A iniciativa em levar este projeto partiu da Comissão Intersetorial de Enfrentamento à Violência Contra Crianças e Adolescentes do município de São Miguel do Oeste, especialmente por considerar que os reflexos da violência contra a mulher atingem diretamente a saúde mental de crianças e adolescentes inseridos nesses contextos.


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  • Jornal Regional



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