China implementa testagem retal para detectar Covid-19, diz TV estatal

28/01/2021 - 13h00

Um novo modelo de testagem para detectar o coronavírus está em fase inicial em algumas cidades da China. O objetivo é conter o avanço de casos às vésperas do feriado do Ano-Novo Lunar, uma vez que o país tem reduzido o número de pessoas com Covid-19.

O novo método swab foi incluído como parte do exame de PCR e consiste em utilizar amostras de cotonetes retiradas do ânus do paciente.

De acordo com um estudo publicado na Universidade Chinesa de Hong Kong, o teste se mostra mais efetivo do que o realizado apenas nas vias respiratórias, já que as fezes carregam grande carga viral.

Para efetivação do exame, um cotonete é imerso em solução salina e inserido de 3 cm a 5 cm por meio da extremidade anal. Em seguida, o enfermeiro deve rotacionar o instrumento para coletar o material.

Os testes retais em Pequim estão sendo indicados para pessoas que vivem em bairros com maior número de infectados, como forma de diminuir o contágio para outras áreas da cidade. Além disso, indivíduos em quarentena obrigatória em hotéis, viajantes e estrangeiros também são submetidos à análise swab pelo ânus.

Em entrevista à emissora local CCTT, o médico Li Tongzeng, do centro hospitalar You’an, em Pequim, explicou que não são todas as pessoas com suspeita de Covid-19 que devem fazer o exame, pois esses “não são práticos o suficiente”.

De alto risco

Passageiros de um voo da cidade chinesa Changchun também foram submetidos ao novo modelo, nessa segunda-feira (25).

Na ocasião, precisaram desembarcar porque um dos presentes no voo vinha de uma área considerada “de alto risco” de contaminação para o governo chinês. Depois, eles foram encaminhados a um hotel próximo ao aeroporto, onde realizaram o procedimento.

Vale ressaltar que, nesta quarta-feira (27), o governo de Pequim determinou que, para entrar no país, é necessário apresentar resultado negativo para o teste sorológico e RT-PCR.

Ainda que autorizado a entrar, o indivíduo deverá monitorar a saúde pelos próximos 14 dias – quarentena – e, em seguida, repetir os exames.

A regra não é válida para passageiros de regiões com alto risco de contaminação. A decisão valerá até 15 de março.

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  • Jornal Regional



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