Ciclone avança rápido e deixa SC em alerta para danos

Divulgação/Defesa Civil

Divulgação/Defesa Civil

31/03/2023 - 09h51

Um ciclone extratropical que se formou no Rio Grande do Sul, com condições para se tornar um ciclone bomba, avança para Santa Catarina com uma frente fria, nesta sexta-feira (31). A Defesa Civil Estadual emitiu alerta para as chances de estragos em todas as regiões catarinenses.

O sistema começa espalhando chuvas fortes com alto potencial de tempestades severas na Campanha Gaúcha no início desta sexta. Entre o final da manhã e a tarde, o mau tempo se estende por Santa Catarina.

Segundo o alerta da Defesa Civil de SC, o ciclone extratropical deve causar temporais em todas as regiões do Estado, a começar pelas áreas de divisa com o Rio Grande do Sul, no Extremo-Oeste, e se estende para as demais regiões até a noite.

“Essa frente fria que chega no início da tarde deve vir acompanhada por bastante vento, há indicativos de rajadas intensas, além de granizo e raios”, diz a meteorologistas da Defesa Civil, Francine Sacco.

O risco é moderado nas áreas em amarelo e alto nas áreas em laranja do mapa para ocorrências associadas a destelhamentos, quedas de árvores e alagamentos.

Agitação no mar

O vento vira para a direção Sul no final da noite da sexta com rajadas que devem superar os 65 km/h nas áreas próximas da costa catarinense, deixando o mar agitado em todo litoral e com risco para ressaca, conforme o alerta do órgão estadual.

Avanço do sistema

No sábado (1º), o sistema frontal, constituído pelo ciclone e a frente fria, avança para a costa do Sudeste, e até domingo (2) atinge São Paulo e Rio De Janeiro, levando chuva forte, especialmente de tarde e mais do que isso, ventania e grande aumento do nível do mar. As temperaturas também vão cair.

Além disso, é destacado por meteorologistas que, as temperaturas vão declinar no centro-sul do país no domingo, devido à entrada da massa de ar frio que vem na retaguarda do sistema frontal.

O que é um ciclone?

Ciclones extratropicais são fenômenos que ocorrem nas zonas temperadas do planeta, que no hemisfério sul ficam entre o Trópico de Capricórnio e o Círculo Polar Antártico. No Brasil, isso engloba a região Sul do país.

Eles se formam quando há diferenças na temperatura do ar, direção e velocidade dos ventos numa pequena região ou camada atmosférica. Com isso forma-se uma área de baixa pressão atmosférica, ou seja, o “peso” da coluna de ar sobre a superfície diminui.

Isso causa o aumento dos ventos, já que estes se deslocam sempre de áreas de alta pressão para as de baixa pressão. Também faz com que o mar fique mais agitado, já que com a pressão menor o nível da água sobe, gerando grandes ondas.

O que é um ciclone bomba?

Ciclone bomba é um fenômeno meteorológico caracterizado por um ciclone extratropical intenso com ventos muito fortes, que pode causar estragos e danos materiais. Recebe esse nome por conta da rápida queda de pressão atmosférica que ocorre no centro do ciclone, causando um “efeito bomba”.

Essa queda rápida e acentuada na pressão atmosférica ocorre em um período de 24 horas ou menos. Esse tipo de ciclone se forma quando uma massa de ar muito frio encontra uma massa de ar quente, criando um sistema de baixa pressão.

Quanto maior a queda de pressão, mais fortes são os ventos gerados. O nome foi dado por Fred Sanders, professor do MIT, devido à sua capacidade de causar grande destruição em um curto espaço de tempo, como a explosão de uma bomba.

>>> PARTICIPE DO GRUPO DE NOTÍCIAS NO WHATSAPP. 



  • por
  • Jornal Regional



DEIXE UM COMENTÁRIO

Facebook