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Bípede gigantesco,
carnívoro e com uma cabeça que lembra os crocodilos modernos – esta é a
descrição básica dos fósseis de espinossauro encontrados recentemente na Ilha
de Wright, no sul da Inglaterra.
Paleontologistas
britânicos afirmaram na quinta-feira (9) que acharam partes do esqueleto de um
espinossauro, que viveu há cerca de 125 milhões de anos, durante o período
Cretáceo. Com base nos fósseis, os especialistas estimam que o animal tivesse
mais de 10 metros de altura, podendo chegar até 15 metros.
Com a descoberta, o
espinossauro – primo do mais famoso carnívoro pré-histórico, o Tyrannosaurus
rex – passa a ser o maior carnívoro a ter pisado em solo europeu da história. O
esqueleto do gigante, entretanto, não está completo. Foram achados fósseis das
vértebras, ossos das costas, quadril e cauda, além de fragmentos dos membros
superiores e inferiores. A espécie ainda não tem nome científico definido, mas
foi apelidada de “espinossaurídeo da pedra branca”, em alusão ao local onde foi
achado. Os cientistas acreditam que ele não faz parte de nenhuma espécie
previamente identificada.
“O tamanho do
espécime é impressionante. É um dos maiores – e, possivelmente, o maior –
predador conhecido a caçar na Europa”, disse o chefe do estudo que descobriu os
fósseis, o paleontólogo Chris Barker. O artigo científico que descreve os
achados pode ser lido aqui (em inglês).
Dinossauros
carnívoros pertenciam a uma classe chamada terópodes, com grandes espécimes em
todos os continentes. Eles eram bípedes, com crânios massivos e dentes
poderosos. Na África, o espinossauro era o maior. Na América do Norte, o
tiranossauro reinava no topo da cadeia alimentar. Já na América do Sul, o
gigantossauro era o predador no ápice da cadeia alimentar. Agora, com o novo
espinossauro, o torvossauro perdeu a coroa europeia.
Os fósseis foram
encontrados na costa sudoeste da Ilha de Wright. O espinossauro habitava uma
área de lagos, que era populada por vários herbívoros voadores chamados pterossauros.
Durante o Cretáceo, o nível do mar era mais alto do que nos tempos atuais, e
uma grande parte da Europa estava submersa.
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