O governo de Santa Catarina avança no processo de conceder à iniciativa privada cinco unidades de conservação estaduais que estão sob a gestão do Instituto do Meio Ambiente (IMA-SC). Para viabilizar essa concessão, foi assinado um contrato entre o instituto e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na última semana (26/06). A lista inclui o Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, na Grande Florianópolis; o Parque Estadual da Serra Furada, em Orleans (Sul do Estado); o Parque Estadual Fritz Plaumann, em Concórdia; o Parque Estadual Rio Canoas, em Campos Novos; e o Parque Estadual Acaraí, em São Francisco do Sul.

O objetivo é incentivar o turismo sustentável, preservação ambiental, geração de renda e desenvolvimento regional, explica o governo no Programa de Estruturação de Concessões de Unidades de Conservação. A gestão técnica desse processo de privatização é realizada pela secretaria executiva de Parcerias Público-Privadas (PPPs) do Estado, vinculada à SCPar.

De acordo com o secretário executivo de PPPs, Ramizo Zinder, a expectativa é de que esse leilão de concessão dos parques de SC seja realizado até setembro do ano que vem. Segundo ele, o BNDES está à frente de projetos de concessão de 34 parques ecológicos do Brasil e esse leilão pode ser em conjunto com unidades de outros estados.

Os contratos de concessão exigem a instalação de infraestrutura para receber visitantes, preservação ambiental e fortalecem a economia do entorno. Conforme as propostas dos investidores, as unidades podem receber até grandes obras como teleférico, por exemplo, observa o secretário executivo.

Essa iniciativa chega em boa hora, depois que o turismo sustentável, junto à natureza, ganhou força com a pandemia. Além disso, o Brasil, que tem a maior diversidade de natureza do mundo, está acordando para esse potencial de parques ecológicos, uma opção turística que aquece a economia, com ocorre em outros países.

O parque natural mais visitado do Brasil é o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná. Em 2019, ano anterior à pandemia, recebeu pouco mais de 2 milhões de turistas. Um dos países que se destacam nesse tipo de atividade são os Estados Unidos. Em 2017, receberam mais de 300 milhões de visitantes e movimentaram US$ 17 bilhões.

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