Foto: Aires Mariga / Epagri
Santa Catarina
colheu 19.129,5 toneladas de alho na safra 2021/22, produzidas em 1.810
hectares. Com isso, os agricultores alcançaram uma produtividade média de
10.568 kg/ha, aumento de 22,13% em relação à safra 20/21. O valor da safra do
alho catarinense foi de R$ 143,76 milhões em faturamento para os produtores
catarinenses, o que é injetado na economia local.
As condições
climáticas, mais favoráveis em 2021/22 na comparação com o ciclo agrícola
anterior, proporcionaram este cenário de retomada e mantiveram o Estado na
terceira colocação no ranking de produtores nacionais. “Houve ainda uma pequena
recuperação na área plantada”, contextualiza Jurandi Teodoro Gugel, analista de
socioeconomia da Epagri/Cepa.
Importações
Outra importante
notícia é a queda nas importações da hortaliça. De acordo com Jurandi, em 2021
o Brasil importou 125,7 mil toneladas de alho, o menor volume dos últimos 15 anos. Em
relação a 2020, a redução foi de 35,04%, e nos dois primeiros meses de 2022 a
queda na importação foi de 14,07%.
A situação favorece
a produção interna, que deu sinais positivos no aumento da área plantada no país.
Segundo o analista da Epagri/Cepa, na última safra o Brasil aumentou em 20% a
área plantada com a hortaliça em decorrência da perda de competitividade do
produto importado. O câmbio desfavorável, aliado aos os altos custos do frete
internacional e à falta de contêineres para o transporte marítimo foram fatores
determinantes para a redução nas compras do exterior.
Custos de produção
Se as quedas nas
importações ajudaram, o mesmo não se pode dizer dos custos de produção. Na
safra 2020/21 o produtor de alho catarinense precisou investir em média R$ 6,60
para colher cada Kg de alho. Na safra 2021/22 esse custo saltou para R$ 7,80 na
média. Jurandi ressalta que a alta necessidade de mão de obra e de insumos são
os principais fatores a elevar os custos de produção de alho no Estado.
De acordo com
Jurandi, Santa Catarina é um dos berços da produção comercial de alho no
Brasil. A cultura está instalada no Estado há 60 anos e vem sendo desenvolvida
por sucessivas gerações de agricultores familiares, distribuídos principalmente
nas regiões de Curitibanos, Freio Rogério e Lebon Régis. Segundo dados do censo
agropecuário do IBGE 2017, são mais de 3 mil famílias produzindo a hortaliça em
Santa Catarina.
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