Com estratégia perfeita, Chape enche a mão e resolve "problema" ofensivo na Série B

Com goleada Chapecoense assumiu liderança da Série B

Com goleada Chapecoense assumiu liderança da Série B

21/10/2020 - 14h13

A escalação com dois laterais-esquerdos poderia pegar de surpresa um desavisado, mas quem acompanha o trabalho de Umberto Louzer sabe que a cada partida o time entra em campo com estratégias bem definidas para controlar pontos fortes de adversários e para explorar as fragilidades.

No caso da Ponte Preta, os dois estão no mesmo lado. Com Apodi, lateral-direito bastante conhecido do torcedor da Chapecoense, onde jogou por duas temporadas. O jogador possui características bastante ofensivas e geralmente é usado como motor para essas transições.

Mas se é ofensivo, naturalmente deixa espaços que precisam ser cobertos. A Chapecoense atacou prioritariamente pelo lado esquerdo, onde tinha Busanello e Alan Ruschel. Com isso, Paulinho Moccelin ganhou liberdade para atuar centralizado, ao lado de Anselmo Ramon. Foi com essa estratégia que o time de Umberto Louzer construiu a vitória.

Aos sete minutos, Anselmo Ramon, como um armador, serviu Busanello. Ele chutou cruzado, Ivan defendeu, e Paulinho Moccelin, como um centroavante, cabeceou para abrir o placar. Na área, ainda estavam Anderson Leite, Felipe Garcia e Alan Ruschel.

- A dobra foi pelo Apodi, um atleta agudo. Tem jogo por dentro, por fora, precisava a dobra mas sem abdicar de atacar, o Alan Ruschel dava essa possibilidade. Trouxemos o Paulinho Moccelin para dentro, ficamos com velocidade nos dois corredores e por dentro. Isso possibilitou o Paulinho, em uma combinação, para soltar o Busanello, para ser o extrema, o Alan construindo com três. Conseguimos uma circulação de bola e o Paulinho pegando o rebote. Era a ideia, ter mais velocidade no corredor central e atacar a linha defensiva da Ponte e gerar desequilíbrio. Quando esses atletas atacassem o Moccelin e o Felipe Garcia, essa troca do Paulinho com o Alan poderia gerar desequilíbrio. Se defendesse a profundidade, tinha o jogo combinado com o Anselmo Ramon no meio. Conseguimos que a estratégia encaixasse - explicou Louzer ao final do jogo.

O segundo gol, em jogada ensaiada de falta, deu a tranquilidade para a Chapecoense escolher o melhor jogo no segundo tempo. A Ponte Preta teve 60% da posse de bola, mas o time verde e branco foi efetivo ao extremo ao explorar os contra-ataques.

Mesmo com a bola no pé, a Ponte Preta ameaçou pouco. Moisés parou em João Ricardo em uma das duas finalizações ao gol dos donos da casa. A Chape se fechou atrás e partiu para as jogadas em velocidade.

Com Lucas Tocantins, que entrou no lugar de Felipe Garcia, Louzer colocou no time a característica necessária para jogar nos contra-ataques. Em uma destas oportunidades, Anselmo Ramon lançou o atacante, que ganhou de um marcador e foi parado por outro com pênalti. Placar ampliado.

O quarto gol foi de uma falha defensiva, com Aylon atuando com mobilidade no lado esquerdo de ataque. Porém, não fosse o pé de Alisson, Anselmo Ramon estaria livre para marcar mais um gol.

Para fechar o marcador, mais um contra-ataque com passe perfeito de Aylon para Lucas Tocantins, que na cara do goleiro não desperdiçou.

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  • por
  • Jornal Regional
  • FONTE
  • GE



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