Com as ações de
isolamento social determinadas pelo governo federal no combate à disseminação
do novo coronavírus, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) suspendeu por 90 dias, contando
de 24 de março, o corte no fornecimento de energia
elétrica.
Essa medida vale
para unidades residenciais (urbanas e rurais), consumidores de baixa renda
cadastrados em programas do governo federal e serviços e atividades essenciais.
Ela está prevista na Resolução Normativa nº 878, de 24 de março de 2020, da
agência reguladora.
Entretanto, a
obrigação do pagamento das faturas continua. Ou seja, após esse período de 90
dias, a empresa concessionária pode voltar a realizar os cortes caso a situação
de inadimplência continue.
“Nesses três meses,
as concessionárias não podem cortar o fornecimento, mas a obrigação financeira
continua,até porque precisamos cumprir nossas obrigações financeiras também,
fazendo o repasse para outros fornecedores da cadeia de energia”, explica o
diretor de Regulação da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina S.A),
Fábio Valentim.
Além disso, a
suspensão do corte não impede que as concessionárias façam o cadastro negativo
(SPC e Serasa) ou a negativação e protesto em cartório por falta de pagamento
das faturas, durante esses 90 dias. “ Se a pessoa ou empresa está inadimplente,
pode sofrer o ônus dessa omissão no pagamento, porque o serviço continua sendo
prestado. Isso também está previsto na normativa da Aneel”, explica o diretor.
Facilitando o pagamento
Ciente das
dificuldades dos consumidores, a Celesc – que é a concessionária que
comercializa e distribui a energia elétrica no Estado – também está
possibilitando que o público de baixa renda parcele em até 12 vezes as faturas
de março e abril. O pagamento começa a ser feito a partir de maio.
Já para outras
pessoas que porventura tenham dificuldade para pagar, por conta de redução na
renda ou por não estar recebendo salário, a solução é negociar. “Essas pessoas
devem entrar em contato com a Celesc, pela Agência Web, aplicativo ou pelo 0800
48 0196 para pedir o parcelamento da dívida”, orienta Valentim.
As medidas
restritivas de circulação também tem reflexos nas concessionárias de energia.
Por consequência, a Celesc criou um Comitê de Crise e discute o problema com a
Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica para avaliação dos
impactos no setor.
“Ainda estamos
consolidando os números, mas há aumento da inadimplência e uma visível redução
no consumo de energia em todo o país, por conta do fechamento de comércios e
unidades produtivas na indústria”, aponta o diretor.
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