Mantida a premissa
de reunir o menor número possível de pessoas, o primeiro júri semipresencial da
comarca de São Miguel do Oeste contou com a participação de todos os envolvidos
necessários, porém com a maioria em seu ambiente domiciliar. A sessão ocorreu
na última sexta-feira (18/9).
No Salão do
Tribunal do Júri, no Fórum, estavam os jurados, o chefe de cartório da Vara
Criminal e a chefe de secretaria da comarca. Foram tomados todos os cuidados
sanitários. De suas residências participaram o juiz presidente da sessão, o
promotor de justiça e o defensor público. O réu participou da Unidade Prisional
Avançada (UPA) de São Miguel do Oeste, onde estava preso desde o fato.
Todas as etapas de
um júri convencional foram cumpridas em oito horas de debates. Apresentações e
comunicação visual ocorreram por um telão instalado no local. O crime em
questão era uma tentativa de homicídio ocorrida em 17 de agosto de 2019, no
interior de São Miguel do Oeste. Depois de um desentendimento durante jogo de
cartas em um bar, o agressor atingiu a vítima com três facadas. Familiares
intervieram e socorreram o homem.
O réu foi condenado
a oito anos de prisão, em regime inicialmente fechado. Ele teve negado o
direito de recorrer em liberdade.
O chefe de cartório
da Vara Criminal da comarca, Douglas Dill, atuou presencialmente no Fórum. Ele
explica que foram pequenos os empecilhos tecnológicos, e os jurados não tiveram
prejuízo na adequada apreciação da causa, pois todos os recursos audiovisuais
foram utilizados para que os fatos fossem bem esclarecidos.
"Considero que
a realização do júri por meio de videoconferência possibilitou a antecipação do
julgamento de um processo com tramitação urgente (réu preso), com a mínima
exposição a riscos dos envolvidos, além de agilidade e economia de recursos,
especialmente porque o Tribunal do Júri demanda uma movimentação considerável
de pessoas", avaliou o servidor.
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