Senador Eduardo Girão (Novo-CE) - Fonte: Agência Senado
Deputados e senadores aliados do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) fazem pressão e articulam uma investida em várias frentes no
Congresso Nacional contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)
Alexandre de Moraes após a revelação de relatórios do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) fora do rito para embasar investigações contra bolsonaristas,
caso exposto pela Folha de S. Paulo.
O plano passa pela apresentação de um pedido de impeachment de Moraes, a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar os fatos e pela votação do projeto de anistia aos envolvidos nos atos golpistas do 8 de Janeiro.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) anunciou o início da coleta de assinaturas pelo pedido de impeachment. Ele disse que irá reunir apoios de parlamentares e integrantes até o dia 7 de setembro deste ano e apresentará o requerimento ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no dia 9 do mesmo mês.
"Não vivemos uma democracia na nossa Nação, infelizmente. Vivemos numa ditadura da toga", disse Girão. Ele lembrou que já existe um requerimento de CPI contra os ministros do Supremo na Câmara dos Deputados, e pediu para a criação de uma nova comissão para investigar os fatos revelados pela Folha de S. Paulo.
Ele terá que contornar a resistência inicial. Como mostrou o Estadão, Pacheco disse a aliados que não vê clima para impeachment.
Há ainda outra frente que ganha força. Desde o semestre passado, parlamentares trabalham na Câmara por um projeto para anistiar presos em razão dos ataques golpistas aos prédios dos Três Poderes, no dia 8 de janeiro de 2023.
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