Conselho Regional de Medicina reforça falta de estudo e eficiência comprovada sobre uso de ozônio contra Covid-19

04/08/2020 - 22h54

Após o prefeito de Itajaí, Volnei Morastoni (MDB), afirmar que existe a possibilidade de a cidade adotar a aplicação de ozônio por via retal como medida de tratamento contra a Covid-19 em pacientes confirmados e com sintomas, o Conselho Regional de Medicina (CRM) reforçou que não há comprovações científicas sobre a eficiência do uso e que são necessárias mais pesquisas sobre o assunto.

O Conselho não detalhou se está ou não investigando a situação, pois o processo é sigiloso, mas reforçou a necessidade de haver comprovação científica da eficácia antes de ser usado.

Segundo o CRM-SC, uma resolução do Conselho Federal de Medicina proíbe a prescrição de ozonioterapia em consultórios e hospitais. "A exceção pode acontecer em caso de participação dos pacientes em estudos de caráter experimental, com base em protocolos clínicos e critérios definidos pela Comissão Nacional de Ética em Pesquisa", diz o CRM em Nota.

Ainda segundo o CRM, o mesmo documento ressalta que não há comprovação sobre os benefícios da técnica para tratamento de doenças e que sempre é necessário validação por parte do órgão federal. "O CRM-SC esclarece que todas as formas de tratamento, não apenas relacionados à Covid-19, devem ser validados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM)", informou.

A técnica da ozonioterapia foi rechaçada por especialistas por não ter eficácia comprovada contra o coronavírus. No entanto, o prefeito de Itajaí, que é médico, defende o uso.

"É uma aplicação simples, rápida, de dois ou três minutinhos por dia, provavelmente vai ser uma aplicação via retal. É uma aplicação tranquilíssima, rapidíssima de dois minutos com cateter fino, e isso dá uma resultado excelente", disse Morastoni, que também é pediatra e homeopata.

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