Os senadores votam
nesta quinta-feira (21) um Projeto de Lei que amplia as ações de atendimento
aos pacientes com Síndrome Respiratório Aguda Grave e suspeita ou diagnóstico
de Covid-19.
O projeto obriga a
rede privada de saúde a ceder leitos não ocupados para esses pacientes do SUS.
A votação está marcada para as 16h. As informações são da Agência Senado.
A sessão já teve
início na quarta-feira (20). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, no
entanto, optou por adiar a votação, visto que muitos parlamentares poderiam
perder a oportunidade de se manifestar.
Além do texto
principal, há cinco destaques que tentam alterar o texto e que precisam ser
votados.
“Para tentar
compatibilizar, achei por bem transferir a discussão para amanhã, no começo da
sessão, já que é uma matéria muito importante”, explicou.
O projeto, do
senador Rogério Carvalho (PT-SE), faz parte da lista de proposições
prioritárias para enfrentar a pandemia provocada pelo coronavírus.
De acordo com o
senador, cerca de três quartos da população brasileira depende exclusivamente
do SUS.
Contudo, menos da
metade dos leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) do país estão
disponíveis no sistema público. Para ele, é preciso agir diante da sobrecarga
provocada pela pandemia.
Regras
O texto altera a
lei que instituiu o estado de calamidade pública para possibilitar o uso
compulsório de leitos privados para a internação de pacientes da rede pública.
Pelo projeto, todos
os hospitais, tanto públicos quanto privados, ficam obrigados a informar
diariamente o total de leitos disponíveis e ocupados, na enfermaria, nos
apartamentos e na UTI.
Além disso, deve
ser informado o total de pacientes aguardando vaga de UTI.
A União destinará
recursos para o financiamento do serviço, com a transferência obrigatória de
recursos do Fundo Nacional de Saúde aos fundos estaduais ou municipais, assim
como verbas federais previstas na lei que trata dos valores mínimos que devem
ser aplicados em saúde.
Alterações no texto
A principal mudança
do relatório é a previsão de que só serão acionados os hospitais da rede
privada que tenham taxa de ocupação inferior a 85% em leitos de UTI designados
para Síndrome Respiratória Aguda Grave ou com suspeita ou diagnóstico de
Covid-19.
O senador Humberto
Costa (PT-PE), relator e ex-ministro da saúde, ainda acatou a algumas emendas
de senadores de forma integral.
Uma delas, da
senadora Rose de Freitas (Podemos-ES), estipula que os relatórios dos hospitais
com os leitos disponíveis devem ter “publicidade ampla e diária”.
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