Bebês e crianças menores de 3 anos terão de aguardar mais
tempo do que outros grupos para ter uma vacina contra a covid-19. O
infectologista Marcelo Otsuka, da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia),
explica que essa faixa etária normalmente fica por último em testes de vacinas
e medicamentos.
“Essa faixa etária normalmente sofre na questão de medicamentos, pois é
muito mais difícil de analisar. Um dos fatores é que o paciente não expressa
possíveis sintomas e sensações. Além disso, você precisa de um adulto
responsável que concorde com o teste e leve a criança até o local da testagem”.
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A empresa chinesa Sinovac, que desenvolve a vacina CoronaVac, que realiza
testes no Brasil, anunciou na quinta-feira (17) que vai testar sua vacina
em crianças de 3 a 17 anos. Segundo a empresa, a aplicação nessa faixa etária
pode evitar surtos da doenças em escolas e creches. Os testes serão realizados
a partir do dia 28 na China.
“Quanto mais grupos as vacinas puderem atingir, melhor. Mesmo que a
covid-19 não seja tão frequente em crianças, elas também podem ficar
hospitalizadas e ter quadros graves, além disso, podem contaminar pessoas do
grupo de risco. Se estiverem vacinadas, isso contribui para diminuir a
transmissão.”
O médico explica que os testes devem continuar e que, com o tempo, os
menores de 3 anos também vão ser testados.
Otsuka lembra que não é recomendado que crianças menores de 2 anos usem
máscaras por conta do risco de asfixia. Ele recomenda que essa faixa etária só
saia de casa em caso de extrema necessidade e que todas as outras medidas de
prevenção sejam mantidas, como distanciamento social e higiene das mãos.
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