Divulgação
Presidida pelo
senador Jorginho Mello, a CPI da Chapecoense encerrou os trabalhos nesta segunda
(11), em Brasília, com acordo de indenização de US$ 25 milhões para as 71
famílias das vítimas do acidente. O aumento no valor do fundo humanitário foi
selado por Jorginho Mello na semana passada, quando foi até Londres com
recursos próprios e reuniu-se a seguradora Tokio Marine.
Segundo o senador,
o valor do fundo humanitário pode aumentar para US$ 30 milhões se 100% das
famílias aceitarem o acordo. Neste caso, o processo contra a seguradora deve
ser retirado. As famílias têm 30 dias para responder se aceitam ou não.
A atuação do
presidente Jorginho Mello no comando da CPI foi elogiada pelo relator, o
senador Izalci Lucas e o senador Esperidião Amin.
Viajar para Londres com recursos
próprios e viabilizar este acordo com a Tokio foi louvável. Mostra todo o
respeito que o senador Jorginho Mello tem pelo povo catarinense”, elogiou Amin.
O senador Jorginho
Mello destacou o papel da CPI como fundamental para pressionar as seguradoras.
“Claro que não é o acordo ideal. Mas a CPI cumpriu sua missão principal de
viabilizar um valor importante para o fundo humanitário. “Nada irá trazer esses
guerreiros de volta. Mas é uma notícia que acalenta um pouco o coração das
famílias. Por isso fiz questão de ir à Londres e buscar este acordo. Essa
demora era inadmissível”, frisou o senador.
Histórico
Na primeira
negociação foi oferecido US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão) e nenhuma família aceitou.
Meses depois, o valor subiu para US$ 225 mil (R$ 1,2 milhão) e cerca de 24
famílias aceitaram o acordo. Em troca, elas assinaram um termo de quitação que
impediria qualquer ação na Justiça contra a LaMia e a Bisa.
Com essa nova
proposta apresentada pela seguradora as 24 famílias que já receberam US$225 mil
dólares vão receber a mais US$138 mil dólares que em reais dá aproximadamente
R$ 749 mil. As outras 47 que ainda não receberam nada do Fundo Humanitário e
que queiram agora irão receber o valor de US$363 mil dólares que convertendo da
o valor de R$1.960,00.”
Após a nova etapa
de negociação, não haverá mais necessidade de que haja a concordância de todas
as famílias para ter direito ao valor proposto. Mesmo quem já recebeu o valor
inicial terá direito a ganhar uma diferença por conta da elevação da
indenização para US$ 25 milhões.
Covid suspendeu os trabalhos
Instalada em
dezembro de 2019 para investigar o atraso no pagamento das indenizações, a CPI
pretendia entregar um relatório em agosto de 2020, mas os trabalhos foram
suspensos por dois anos por conta do Covid-19, retomando os trabalhos apenas
este ano.
O acidente ocorreu
há quase seis anos. A Chape iria disputar pela primeira vez uma final
internacional, pela Copa Sul-Americana, em Medellín.
O avião da LaMia
decolou de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, e sofreu uma pane por falta de
combustível. A aeronave caiu em uma área de floresta nas imediações da cidade
de Medellín, causando a morte de 71 pessoas.
Linha do tempo
Novembro de 2016
O avião que
transportava a equipe da Chapecoense sofreu uma pane por falta de combustível e
caiu em uma área de floresta em Medellín. Houve apenas seis sobreviventes.
Dezembro de 2019
É instalada a CPI
da Chapecoense, presidida pelo senador Jorginho Mello, com o objetivo de
investigar o acidente aéreo. Foco é a indenização dos familiares das vítimas.
Fevereiro de 2020
MP informa à CPI
pedido de indenização de US$ 300 milhões. A comissão aprova 0 requerimentos de
convocação de pessoas ligadas as seguradoras, entidades esportivas, companhia
aérea, entre outros.
Março de 2020
CPI do acidente
aéreo da Chapecoense ouve seguradoras e cobra indenização. Também ouve sócio da
companhia aérea LaMia.
Março de 2020
CPI da Chapecoense
é interrompida em função da pandemia.
Novembro de 2021
CPI retoma
trabalhos e ouve boliviana responsável por controle de voo da Chapecoense.
Dezembro 2021
CPI da Chapecoense
ouve presidente da seguradora Tokio Marine.
Fevereiro de 2022
CPI da Chapecoense
ouve dirigentes sobre indenizações.
Fevereiro de
2022
Dirigentes da
Chapecoense dizem à CPI que o clube é vítima, não culpado.
Maio de 2022
CPI do acidente da
Chapecoense busca acordo entre famílias e seguradora.
Junho de 2022
CPI da Chapecoense:
representantes de Tokio Marine e AON não comparecem para depor.
Julho 2022
Presidente da CPI
da Chapecoense, Jorginho Mello viaja para Londres, reúne-se com Tokio Marine e
garante US$ 10 milhões a mais na indenização.
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