Foto: Ricardo Wolffenbüttel/Secom
A criação do Bolsa
Atleta pelo Governo do Estado de Santa Catarina traz boas expectativas e
reforça o trabalho da Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) no que
diz respeito à inserção do esporte na rotina dos educandos. A instituição
oferece atividades paradesportivas, dentre os seus dez Centros de Atendimento
Especializado, com o objetivo da prática de atividade física e atenção à saúde
e aposta no esporte como ferramenta para a promoção da inclusão social.
“A notícia traz um
grande alento para a comunidade esportiva e paradesportiva. Essa lei vai
beneficiar muitos paratletas que sobrevivem do esporte com a ajuda dos
familiares e de alguns patrocinadores – que, graças a Deus, mesmo com os dois
anos de pandemia, continuaram a acreditar no potencial desses atletas e a
contribuir para a continuidade de suas atividades”, afirma Jefferson Roberto
Seeber, professor com licenciatura em educação física, pós-graduado em Educação
Especial, coordenador do Centro de Educação Física da FCEE, referindo-se à Lei
n. 18.335, sancionada pelo governador Carlos
Moisés no dia 10 de janeiro de 2022.
A expectativa agora é pela publicação do edital de seleção dos atletas e paratletas a serem contemplados com o benefício, que prevê bolsas entre R$ 350,00 a R$ 1,5 mil, conforme as sete categorias já definidas, totalizando investimento de R$ 8,4 milhões ao ano. O documento está sendo elaborado pelas equipes técnica e jurídica da Federação Catarinense de Esporte (Fesporte), responsável pelo desenvolvimento do programa em conjunto com as Secretarias de Estado da Fazenda, da Educação e Casa Civil.
Benefícios acumulados
Muitos atletas e
paratletas já se beneficiam de incentivos semelhantes oferecidos por
prefeituras catarinenses e, alguns, do Bolsa Atleta federal – exclusivo para
atletas de alto rendimento que obtêm bons resultados em competições nacionais e
internacionais de sua modalidade. O atleta beneficiado pelo Programa Bolsa
Atleta de Santa Catarina não será impedido de receber benefício similar no
âmbito do Governo Federal ou governos municipais.
“Essa forma de
auxílio dada aos paratletas contribui para que eles consigam, através desses
recursos que recebem, comprar melhores equipamentos, fazer tratamento médico e
fisioterapêutico – o que contribui de maneira significativa na melhora da
performance”, reforça o coordenador do Centro de Educação Física da FCEE.
Jefferson destaca
um dos grandes diferenciais do Bolsa Atleta catarinense: o acréscimo de 20% no
valor da bolsa no caso das modalidades do paradesporto em que são exigidos
equipamentos esportivos específicos, adaptados para a competição; assim como
para os atletas acima de 18 anos ou de alto rendimento que comprovarem estar
matriculados e cursando o sistema educacional público ou privado de ensino
fundamental, médio ou superior.
“Isso vai permitir
a ele competir em igualdade com outros atletas que tenham um pouco mais de
recursos e que conseguem comprar equipamentos melhores. Isso vai auxiliar no
sentido de poder comprar equipamentos mais modernos, melhor ajustados, como
cadeiras de corrida e cadeiras de arremesso. Temos atletas que usam órteses e
próteses que também poderão ser subsidiadas com esses recursos”,
comemora.
Quanto mais
incentivos, mais estímulo à prática de esportes. “Eu participo do paradesporto
há muito tempo e entendo que, em termos de rendimento e participação
educacional, o esporte é um elemento muito importante de inclusão social, pois
possibilita que as pessoas com deficiência tenham convívio social maior”, ressalta.
Jefferson acrescenta, ainda, os benefícios em relação à saúde. “Uma pessoa que
pratica esporte – com deficiência ou sem deficiência – terá uma melhora
significativa na sua qualidade de vida”, pontua.
Paratletas premiados
A Fundação
Catarinense de Educação Especial oferece orientação para a prática de
modalidades esportivas, iniciação esportiva e treinamento esportivo para
pessoas com deficiência a partir de oito anos de idade, com vistas a prática de
atividade física e saúde. Para realizar a matrícula é necessário ter
diagnóstico de deficiência e idade igual ou acima de 08 anos. Entre os
educandos atletas da FCEE estão alguns destaques no paradesporto, como a equipe
de Bocha Paralímpica, que conquistou o troféu de segundo lugar geral da
modalidade na 16ª edição dos Jogos Abertos Paradesportivos de SC - Parajasc,
realizado em dezembro do ano passado.
Na bocha
paralímpica, os atletas são divididos em classes funcionais, e no grupo chamado
BC3, que conta com atleta guia, a educanda Julia Pereira Marcelino conquistou
medalha de ouro, enquanto o atleta Paulo Ricardo Pedroso ficou com o terceiro
lugar. Também contribuindo para a classificação geral no Parajasc, na classe
BC1, o prêmio de segundo lugar foi conquistado por Beatriz Chagas e a 4ª
colocação ficou com Daniel Veras Silvestre.
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