O encontro "Roda de Conversa: prevenção e combate a
crimes cibernéticos envolvendo crianças e adolescentes" reuniu educadores,
pais, estudantes, policiais e servidores do Poder Judiciário no auditório da
Unoesc em São Miguel do Oeste, na última quarta-feira (7/8). O evento
apresentou três palestras com profissionais da área de investigação de crimes
cibernéticos. A primeira região a receber o projeto, neste mês de agosto, foi o
Extremo Oeste. O debate acontece nos mesmos moldes nesta sexta-feira (9), das
14h às 18h, no Tribunal Pleno, em Florianópolis.
O encontro foi comandado pela desembargadora Rosane Portella Wolff, que
está à frente da Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij), do
Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC). Os palestrantes da noite foram
Alessandro Gonçalves Barreto, delegado de polícia civil e coordenador do
Laboratório de Inteligência Cibernética do Ministério da Justiça e Segurança
Pública; Rodrigo Nejm, diretor da Safernet Brasil; e Adriano Krul Bini,
delegado de polícia civil em São Miguel do Oeste. O juiz da comarca de Ponte
Serrada, Luciano Fernandes da Silva, atuou como moderador.
"Precisamos educar nossos jovens para que estejam conscientes das
implicações possíveis a partir da utilização irresponsável da internet",
ressalta a desembargadora. A Roda de Conversa é realizada por meio de parceria
entre Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude (Ceij), Núcleo de
Inteligência e Segurança Institucional (NIS) e Academia Judicial.
Durante o evento, foi lançado o projeto "Conhecer para se Proteger¿,
fruto da união de esforços do Poder Judiciário de Santa Catarina, Polícia Civil
e Secretaria Estadual de Educação. Nos próximos dias, um profissional
gabaritado estará em São Miguel do Oeste para palestrar aos alunos do 8º ao 9º
ano do ensino fundamental e do ensino médio a respeito do assunto. Os
educadores da rede estadual e municipal de ensino de São Miguel do Oeste já
foram capacitados.
A desembargadora explica que a ideia é iniciar o trabalho com professores
que levarão o conteúdo para os jovens em sala de aula. Entre os assuntos
abordados estarão pornografia infantil, assédio
sexual, ciberbullying, sexting e stalking, e demais
sofridos e praticados pelo público infanto-juvenil. Em seguida, pais, alunos,
docentes e profissionais envolvidos na rede de proteção, que são o público-alvo
do projeto, receberão as palestras.
"Precisamos educar e conscientizar o público jovem dos perigos a que
estão expostos com o uso irresponsável das ferramentas que lhes estão
disponíveis. Precisamos buscar a formação de uma cidadania digital, buscando
com isso prevenir práticas criminosas contra crianças e adolescentes",
destaca Rosane. O projeto-piloto iniciado em São Miguel do Oeste deverá ser
replicado nas demais regiões do Estado e, possivelmente, em nível nacional.
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