Patrick Rodrigues/ NSC / Reprodução
A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou na manhã desta quinta-feira (6) que os estragos causados por fortes rajadas de vento em Timbó, no Vale do Itajaí, na tarde de quarta-feira (5) foram causados por um tornado. O vento estimado na região passou dos 130km/h.
De acordo com a nota técnica elaborada pela Diretoria de Gestão de Risco, entre a tarde e noite de quarta-feira (5), a passagem de uma frente fria pelo sul do Brasil, aliadas ao calor sazonal e a disponibilidade de umidade foram responsáveis pelo desenvolvimento de tempestades.
“Esta condição atmosférica favoreceu o desenvolvimento de áreas de instabilidade que ocasionaram temporais acompanhados de chuva intensa, descargas elétricas (raios), rajadas de vento e nas regiões do centro leste catarinense e o destaque para a ocorrência de um tornado no Médio Vale do Itajaí”, consta no documento.
"Com base nos registros dos danos enviados para a Defesa Civil de SC, pelas coordenadorias regionais, das imagens de radar e satélite analisadas do dia 5 de janeiro de 2022 e das estações meteorológicas é possível afirmar a ocorrência de tempestades no estado de Santa Catarina e a ocorrência de um tornado no município de Timbó", informa o órgão no informativo divulgado.
O temporal também causou estragos em outras duas cidades. Houve registro de deslizamentos, pontos de alagamentos e quedas de árvores.
De acordo com a Defesa Civil, as imagens do radar meteorológico de Lontras, na mesma região, mostraram núcleos de temporais e células tornádicas às 16h57 nas proximidades de Timbó. "Nesta região, observa-se uma supercélula sobre o município, com características de tempestade severa".
"O bairro mais atingido foi o Industrial, onde tivemos muitos destelhamentos em galpões, telhas foram arremessadas a quase 200 metros de distância", disse o coordenador da Defesa Civil do município, Fabio Melere.
Também houve um desmoronamento de terra, causado pela chuva, que acabou comprometendo o serviço de abastecimento de água em alguns bairros, de acordo com a prefeitura.
Antes da confirmação por parte do órgão estadual, a Defesa Civil municipal tratava o caso como um microexplosão, concentração de fortes rajadas de ventos em uma pequena localidade. No entanto, por conta dos estragos e análises meteorológicas, ocorreu a identificação do fenômeno natural.
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