Foto Reprodução/NDTV
Após negativas em primeira e segunda instância da Justiça de
Santa Catarina, a defesa de Fabiano Kipper Mai vai ao Superior Tribunal de
Justiça (STJ) para tentar obter a permissão de submetê-lo ao exame de sanidade
mental.
Preso em uma cela isolada no Presídio Regional de Chapecó,
Fabiano é réu na ação penal que julga o ataque a Escola Pró-Infância Aquarela,
em Saudades, e responde por cinco homicídios triplamente qualificados e 14
tentativas de homicídio.
Com atuação em Frederico Westphalen, no norte do RS, o
advogado Demetryus Eugenio Grapiglia assumiu o caso há duas semanas, mas não
revela por quem foi contratado. Ele trabalhou na defesa dos irmãos Edelvânia e
Evandro Wirganovicz, condenados por envolvimento na morte do menino Bernardo,
em Três Passos, em 2014.
Grapiglia é o segundo advogado que presta assistência a
Fabiano. O primeiro foi Kleber dos Passos Jardim, convocado pelo juiz de
Pinhalzinho Caio Lembruger Taborda, um dia depois do ataque, em 5 de maio, por
não haver Defensoria Pública na região. Jardim deixou o caso após encerramento
do inquérito na Polícia Civil.
A principal tese de defesa de Grapiglia é a insanidade mental
de Fabiano. Nas hipóteses de aprovação do teste pelo STJ e em o exame
comprovando que Fabiano não tem condições de responder por seus atos, ele seria
internado para tratamento e declarado inimputável, o que o livraria do Tribunal
do Júri.
No relato do advogado, o cliente disse no último encontro, em
21 de maio, que não lembra o momento do ataque. O réu está isolado em uma cela
só dele, por questões sanitárias e também devido à repercussão do caso e o
risco do convívio com outros detentos.
No curso do processo, a defesa deve contestar a quantidade de
tentativas de homicídio atribuídas a Fabiano pelo Ministério Público, que
contou todas as pessoas que estavam na creche no momento do crime. Na visão de
Grapiglia, como uma das professoras fechou a porta de uma das salas e ficou lá
dentro com outros alunos, não havia como ele ter acesso a essas pessoas.
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