Defesa do autor da chacina em creche no município de Saudades vai ao STJ para pedir exame de sanidade

Foto Reprodução/NDTV

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27/05/2021 - 12h01

Após negativas em primeira e segunda instância da Justiça de Santa Catarina, a defesa de Fabiano Kipper Mai vai ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) para tentar obter a permissão de submetê-lo ao exame de sanidade mental.

Preso em uma cela isolada no Presídio Regional de Chapecó, Fabiano é réu na ação penal que julga o ataque a Escola Pró-Infância Aquarela, em Saudades, e responde por cinco homicídios triplamente qualificados e 14 tentativas de homicídio.

Com atuação em Frederico Westphalen, no norte do RS, o advogado Demetryus Eugenio Grapiglia assumiu o caso há duas semanas, mas não revela por quem foi contratado. Ele trabalhou na defesa dos irmãos Edelvânia e Evandro Wirganovicz, condenados por envolvimento na morte do menino Bernardo, em Três Passos, em 2014.

Grapiglia é o segundo advogado que presta assistência a Fabiano. O primeiro foi Kleber dos Passos Jardim, convocado pelo juiz de Pinhalzinho Caio Lembruger Taborda, um dia depois do ataque, em 5 de maio, por não haver Defensoria Pública na região. Jardim deixou o caso após encerramento do inquérito na Polícia Civil.

A principal tese de defesa de Grapiglia é a insanidade mental de Fabiano. Nas hipóteses de aprovação do teste pelo STJ e em o exame comprovando que Fabiano não tem condições de responder por seus atos, ele seria internado para tratamento e declarado inimputável, o que o livraria do Tribunal do Júri.

No relato do advogado, o cliente disse no último encontro, em 21 de maio, que não lembra o momento do ataque. O réu está isolado em uma cela só dele, por questões sanitárias e também devido à repercussão do caso e o risco do convívio com outros detentos.

No curso do processo, a defesa deve contestar a quantidade de tentativas de homicídio atribuídas a Fabiano pelo Ministério Público, que contou todas as pessoas que estavam na creche no momento do crime. Na visão de Grapiglia, como uma das professoras fechou a porta de uma das salas e ficou lá dentro com outros alunos, não havia como ele ter acesso a essas pessoas.

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