Déficit na armazenagem chega a 118,5 milhões de toneladas no Brasil

Imagem de aleksandarlittlewolf no Freepik

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06/07/2023 - 09h45

O déficit em armazenagem previsto para a safra de grãos 2022/2023 deve ficar em 118,5 milhões de toneladas. A informação é do presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos da Associação  Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Paulo Bertolini. O problema pode trazer prejuízo aos produtores rurais. 

A capacidade estática de armazenagem de grãos é de 194 milhões de toneladas, enquanto a produção prevista para o Brasil é de 312,5 milhões de toneladas de grãos, e essa diferença pode causar perdas ao provocar uma diminuição dos preços das commodities — como explica Bertolini. 

“O produtor também fica pressionado a se ver livre, entre aspas, da sua produção, porque não tem onde secar, limpar e armazenar grãos. E aí ele entra nesse mercado ofertando um produto _ e força os preços de uma forma muito intensa para baixo. Então parte da queda dos preços da commodities hoje são em decorrência da falta de infraestrutura e principalmente da falta de armazém”, contextualiza.

“Precisamos investir no mínimo R$15 bilhões de reais todos os anos em novos silos, isso somente para acompanhar o ritmo de crescimento da agricultura de grãos no Brasil, não é nem pra reduzir o déficit” — estimou o presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem de Grãos da Abimaq, Paulo Bertolini.

Outra questão levantada pelo especialista é onde devem ser construídos esses silos. Segundo Bertolini, o ideal é que a armazenagem seja o mais perto possível da produção. “Aqui no Brasil nós só temos 15% da nossa capacidade estática que está dentro das fazendas, é muito pouco. E isso causa desperdício, prejuízo, perda de renda, destruição de estrada, porque concentra todo o movimento de transporte no pico da safra e não cadenciado ao longo do ano, se tivesse armazém, há um prejuízo geral para todo mundo” — ponderou.


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  • Jornal Regional



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