Deputados aprovam redução do ICMS que afeta preço do leite, alimentos e bebidas em SC
Foto: Ascom/ALESC
04/05/2022 - 10h21
A Assembleia
Legislativa de Santa Catarina aprovou nesta terça-feira (3) o projeto de lei
para a redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) que
incide sobre o leite, a farinha de trigo e os alimentos servidos em bares e
restaurantes. Projeto segue para sanção do governador Carlos Moisés.
Os deputados
estaduais votaram inicialmente o projeto aprovado na manhã de terça-feira (5)
pela Comissão de Finanças e Tributação, que manteve o texto original proposto
pelo Executivo. Em seguida foram apreciadas as emendas ao projeto e todas foram
negadas.
O que muda no
projeto do Executivo
- leite longa vida:
a alíquota do ICMS é reduzida de 17% para 7%;
- farinha de trigo: projeto prevê benefício fiscal, na forma de crédito
presumido aos estabelecimentos fabricantes do estado, até o dia 31 de dezembro
de 2023;
- bares e restaurantes: a alíquota do ICMS para alimentos baixará de 7% para
3,2%, igualando à alíquota praticada no Paraná. Nas bebidas classificadas como
quentes, como é o caso do uísque, a alíquota não muda.
Divergência sobre
bebida alcóolica
Esta é a segunda
proposta que tramita para a redução do imposto. O primeiro projeto foi vetado
pelo governador Carlos Moisés (Republicanos).
A principal
diferença entre os dois é a redução da alíquota das bebidas quentes. O texto do
Executivo exclui este último produto entre aqueles aptos a receberem a redução
das alíquotas.
O deputado Bruno Souza (Novo),
responsável pelo mandado de segurança acolhido pela Justiça e que suspendeu a
votação na última semana, criticou a remoção. “O que está em jogo é um projeto
que vai beneficiar alguns, mas deixar outros de fora”, criticou. “O tributo
cobrado a mais vai acabar na ponta. É o catarinense que vai pagar”.
Devido à alteração,
alguns deputados afirmaram que Moisés estaria na verdade aumentando impostos, o
que foi rebatido por alguns deputados.
“Essa casa em
momento algum está votando aumento de impostos. Estamos reduzindo. Não concordo
com a redução para 3,2% de bebidas alcóolicas”, enfatizou Mauro Nadal (MDB).
Para ele, a mudança tornaria necessário o aumento dos tributos cobrados nos
alimentos.
Maurício Eskudlark (PL) afirmou
que a redução do imposto sobre bebidas quentes configuraria renúncia fiscal.
“Se nós pudermos diminuir o imposto sobre o uísque e a cachaça é importante.
Nesse momento o ano eleitoral não permite. Vamos construir essa solução para o
próximo ano”.
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